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domingo, 26 de julho de 2009

Trabalho, competência e atitude. Fórmula para a evolução?

A gestão de um clube como o SC Beira-Mar, que tem na sua equipa de futebol o seu expoente de maior visibilidade, é um tema complexo e poucos são aqueles que alinham em discuti-lo. Ao invés, no que toca ao futebol profissional, todos têm uma opinião e todos gostam de mandar o seu “bitaite” avalizado.
Não há problema nenhum nisso. Pessoalmente, também gosto de participar em discussões tácticas, discutir características dos jogadores, analisar sistemas de jogo, comentar opções do treinador… Faz parte da vivência do futebol e de quem realmente gosta de apreciar o jogo.
O que tenho alguma dificuldade em compreender é o radicalismo de algumas pessoas que, apesar de nunca terem trabalhado na área, não possuírem qualquer experiência, não conhecerem os problemas e os contornos das decisões que são tomadas pelo clube, não se coíbem de julgar e condenar “sem apelo nem agravo” dirigentes, treinadores e jogadores.
Noutro dia, noutro blogue dedicado ao Beira-Mar, incitei os participantes da caixa de comentários a usar o bom-senso e a razoabilidade nos seus escritos sobre o clube. Bem sei que o futebol é paixão, é emoção, é sentimento à flor da pele. Mas que não se dramatize em face de resultados de pré-época nem se ponha em causa, de ânimo leve, a competência de dirigentes, treinadores e jogadores.
Ontem, frente ao Paços de Ferreira, apesar do resultado negativo do jogo e da desconcentração de alguns jogadores, fiquei com a ideia que temos uma equipa com potencial e com possibilidades de evoluir ao longo da época. Apesar do ainda mais baixo orçamento desta época, julgo que o treinador tem à sua disposição um grupo de trabalho que oferece garantias para se construir uma equipa competitiva.
Os resultados de pré-época, na minha opinião, foram bons. Não na óptica do adepto que quer sempre vencer, mas na óptica de quem tem nas mãos a tarefa de construir uma equipa com muita gente nova. Não raras vezes, os resultados positivos dos jogos de pré-época escondem as debilidades das equipas e criam falsas expectativas em torno das mesmas.
Esta pré-época do Beira-Mar está a ser boa na medida em que se conseguem percepcionar as lacunas do plantel. Uma vez identificadas, será mais fácil preenchê-las. Bem sabemos que para o medicamento resultar, o diagnóstico prévio tem que ser bem feito. Apesar das debilidades que saltam à vista de todos, existe qualidade e, parece-me, existem dentro do próprio plantel algumas soluções para algumas das lacunas. É que não nos podemos esquecer que, olhando para o orçamento, o Beira-Mar não é candidato a subir de divisão. No entanto, os euros não marcam golos e acredito que com trabalho, competência e atitude, esta equipa pode evoluir muito ao longo da época.

4 comments:

Pedro Neves disse...

Parabéns pelo texto!

O KIKAS disse...

Nuno,

Na minha opinião a equipa ainda tem muita falta de intrusamente, mas principalmente na segunda metade, gostei tiveram alguns pormenores interessantes, nomeadamente os dois jovens cedidos pelo Benfica. Já os tinha visto jogar pela TV por duas vezes no campeonato de juniores, os jogos contra o Guimarães e Porto. A aposta está claramente na aposta em jovens atletas, pois em Portugal continuamos a formar bem.
Quero registar aqui os meus parabéns a um jovem formado no nosso clube que vi no estádio a assistir ao encontro, Ricardo Dias actualmente a jogar nos juniores do Porto e que recentemente recebeu o premio da “Rádio Clube Português - Lugar Cativo” como Grande Esperança do Ano. Este jovem este ano também foi agraciado, com o Dragão De Ouro como Atleta Jovem do Ano.

André Raio disse...

"Não raras vezes, os resultados positivos dos jogos de pré-época escondem as debilidades das equipas e criam falsas expectativas em torno das mesmas."

Totalmente de acordo, em especial com essa pequena frase.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

Totalmente de acordo, mas tinha gostado de vêr a equipa que alinhou no segundo tempo a jogar de inicio para aí podermos ter talvez, uma melhor opinião sobre a qualidade do plantel, que não é tão mau como o pintam, mas falta algo mais....!

Vitor Peixoto