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sábado, 30 de setembro de 2006

Depressão II

Dois golos sofridos no período de descontos, sendo o primeiro em fora-de-jogo. São factos. Tal como é um facto que este resultado, apesar de doloroso, é inteiramente justo. A Naval foi a única equipa em campo que fez por merecer a vitória. O Beira-Mar, mais uma vez, não existiu. Grande golo do André Leão num remate de longe, porque nunca conseguimos, sequer, chegar com perigo à baliza adversária em jogadas de "bola corrida". Provavelmente, se tivéssemos ganho o jogo, o Mister Inácio iria buscar o afamado "pragmatismo" ao baú das recordações da época transacta para justificar mais uma exibição deplorável.
Vim da Figueira da Foz desolado. A equipa não evidenciou qualquer evolução. Não demonstra fio de jogo. Não tem ambição. O que é isto de queimar tempo nos pontapés de baliza quando ainda falta imenso tempo para o fim da partida e o resultado está em 0-0?! Será que a Naval também é doutro campeonato? Ganha-se a bola na defesa e... pontapé para a frente para a velocidade (pasme-se?!) do Jardel. Com franqueza! Isto não é futebol não é nada.
A "estrelinha da sorte" que nos acompanhou na época passada abandonou-nos, parece que ficou algures na Liga de Honra. Sem "ela", nada nos sobra.
Tenho por Augusto Inácio muito respeito, mas, como sócio e adepto do Beira-Mar que acompanha com toda a dedicação que pode a vida do Clube, sinto que a equipa está a ser mal orientada. Depois dos discursos contraditórios antes da deslocação ao Dragão, as suas palavras após o jogo na Figueira, reproduzidas no site oficial do clube (
«Mas, de qualquer forma, os jogadores estiveram impecáveis nas suas funções» por Augusto Inácio) são reveladoras do desnorteio que comanda, neste momento, a equipa. Não sei que "funções" atribuídas aos jogadores estiveram "impecáveis" e, para ser franco, acho até que nem quero saber. Reconheço que os jogadores esforçam-se e que não é por falta de atitude que os jogos têm corrido mal. Reconheço, de igual forma, qualidade ao plantel. Retirem-se as devidas ilações.

Imagem: Mais Futebol

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Desabafo...

Lembro-me de em criança ir ver os jogos do Beira-Mar, mesmo na zona centro da segunda divisão, e o estádio ter sempre muita gente a ver os jogos; lembro-me de ser fan do Manecas (há praticamente 30 anos, sei lá) e de passar por baixo da rede do antigo Mário Duarte para ir ver os jogos; lembro-me das bancadas atrás da baliza norte serem de pau; lembro-me do primeiro jogo a que fui, pela mão do meu pai, um Beira-Mar – Belenenses (acho que particular) e de, antes do jogo, um grupo de pessoas com camisolas amarelas percorrer as artérias da cidade a pedir dinheiro para pagar a deslocação seguinte da equipa. Só não me lembro do futebol me entusiasmar tão pouco como hoje (e vão três décadas), de sentir tanta corrupção por causa duma coisa que, por mais que se esforcem, não passa dum jogo de futebol. Não me lembro de, como hoje, ter na organização da principal liga portuguesa tantos suspeitos de corrupção e tanto discurso falacioso.
Estou um bocado cansado, admito, e a única coisa que quero neste momento, e neste âmbito, é que o Beira-Mar vá passando o mais possível ao lado disto. Gosto de sentir que temos um treinador que, apesar de profissional, tem alguma ligação emocional ao clube; que o Diakité cá quis ficar apesar de ter tido possibilidades de ir para França; que o Ribeiro continua a ter amor à camisola jogue ou não jogue. São estas coisas que ainda me fazem pagar quotas e ir ao estádio ao Domingo, sempre que posso. Quando sentir que isto acabou de vez, também eu me afasto.
O Beira-Mar nunca teve um estádio tão grande, e nunca teve tão pouco público. Isto quer dizer o quê? Que o futebol se está a tornar numa indústria que se sustenta em tudo menos no fenómeno desportivo. Sustenta-se sim, numa contínua mentira em que ninguém acredita.
Quando, em 99, vencemos a Taça de Portugal, nas semanas seguintes todos os aveirenses eram do Beira-Mar. Hoje voltámos à média de três mil espectadores por jogo. A oportunidade não foi aproveitada, e são esta oportunidades é que têm que ser aproveitadas para que um clube cresça genuinamente, não é a mudar todos os anos de equipamento, nem a entrar em discursos de "coitadinhos que nós somos, ninguém nos liga e todos nos querem mal", nem a suportar estádios e insuportáveis. Gosta-se do Beira-Mar porque se gosta de viver em Aveiro, ou em Ílhavo, ou na Murtosa, ou em Estarreja; gosta-se do Beira-Mar porque há uma ria que nos liga e gostamos da luz e do cheiro que ela nos trás todos os dias. Ou então não se gosta e gosta-se doutra coisa qualquer só porque é maior e venceu mais vezes (seja o Benfica, o Porto, o Sporting ou outra coisa qualquer) sem sequer perceber muito bem porquê.
Gostava que os aveirenses (falo de todos os da região de Aveiro) fossem do Beira-Mar mesmo, e não apenas quando calha ganhar uma taça de Portugal, mas para isso é preciso mais que o esforço duma direcção ou de uma equipa. É preciso que o futebol se torne de novo credível e que, à sua frente, tenha pessoas sérias e honestas, e não políticos de pacotilha. Por aqui me fico, pedindo desculpa por este desabafo.

Ivar Corceiro
Fonte:
Portal Beira-Mar

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Fim-de-semana à Beira-Mar

No Sábado, pelas 18h30, o SC Beira-Mar estreia-se na 3ª Divisão Nacional de Futsal. Prevê-se um jogo difícil para a nossa equipa. Além de defrontar um adversário experiente, o Beira-Mar tem cinco jogadores indisponíveis. O apoio dos sócios e adeptos é fundamental. O Pavilhão do Alboi tem vivido nas últimas duas épocas excelentes momentos de fervor clubístico, que serão de esperar que sucedam também esta época. Apareçam!
Deslocação à Naval esgotada
No que diz respeito ao futebol, os Ultras Auri-Negros já declararam "lotação esgotada" no seu autocarro. Apela-se, por isso, a que os sócios e adeptos do Beira-Mar se desloquem nas suas viaturas à Figueira da Foz. Num estádio que normalmente regista assistências muito baixas, prevê-se um bom apoio à equipa auri-negra esta Sexta-Feira.

Orgulho auri-negro

Que bela entrada hoje do site oficial do Beira-Mar. Uma imagem do quadro de Clara Sacramento, oferecido ao Clube por altura das comemorações do 80º aniversário (salvo erro). O original pode ser observado nas instalações do Beira-Mar no EMA. Nunca escondi o meu apreço especial por este quadro. O menino, exibindo orgulhosamente a bandeira auri-negra, capaz de galgar montanhas na nobre tarefa de expandir a sua "fé".
Gostei deste presente para o "grande público" e senti necessidade de o sublinhar. Os meus sinceros parabéns para quem teve esta feliz ideia!
P.S.- Uma imagem que me surpreendeu e que guardei há uns dias atrás quando visitei o site do Vitória de Guimarães. (ver aqui »)

Iª Liga Bênêbola - 5ª Jornada


Palpite para o próximo jogo:
Naval vs SC Beira-Mar

IIª Liga Bênêbola - 5ª Jornada


Palpite para o próximo jogo:
Naval vs SC Beira-Mar

domingo, 24 de setembro de 2006

Depressão

Não me apetece escrever nada sobre o jogo.
Mas está tudo bem. Afinal de contas, o Jardel (a quem o "branquinho" fica bem) vai dando protagonismo a todos que o rodeiam e isso parece ser suficiente.
O jogo até nem era do "nosso campeonato". Estamos noutra divisão...
Também acho.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Deslocação ao Dragão

Mesmo com a palhaçada em que está transformado o futebol português, há quem ainda acredite no futebol e esteja disposto a sacrificar-se não desistindo de participar neste espectáculo que apaixona milhões em todo o mundo.
Os Ultras Auri-Negros, mais uma vez, tendo que abandonar os empregos mais cedo e gastando dinheiro que tanta falta faz nalguns lares, mobilizam-se para apoiar o "Beiramarzinho" do futebol nacional que, segundo o jornal O Jogo, aproveitando que os ecrãs gigantes não deram informação oficial, ainda conseguiu reduzir nas suas páginas - para 1500 - a já reduzida assistência no Beira-Mar x Estrela da Amadora (2823 - números oficiais).
O Beira-Mar não tem o poder de influência na arbitragem como tem, por exemplo, o seu próximo adversário - o Golias! Os árbitros até têm boas notas quando nos prejudicam! Pelo menos, o 8,5 está garantido! O Beira-Mar não tem acesso às receitas brutais de uma Liga dos Campeões. O Beira-Mar tem o Vasco Matos castigado ninguém sabe bem porquê... Mas, o Beira-Mar vai apresentar-se no Dragão, esta Sexta-Feira, pelas 19:15 e estará acompanhado nas bancadas pelos seus "heróis" que representarão o emblema aveirense. Quem quiser juntar-se ao "David", visite o site "auri-negros.net" e saiba como fazê-lo.

Iª Liga Bênêbola - 4ª Jornada


Palpite para próximo jogo:
FC Porto vs SC Beira-Mar

IIª Liga Bênêbola - 4ª Jornada


Palpite para o próximo jogo:
FC Porto vs SC Beira-Mar

domingo, 17 de setembro de 2006

Agora sim, a primeira vitória!

Um bom jogo de futebol, não sendo o Estrela um forte adversário.

Comparando com o último jogo em casa, e é por aqui que se deve comparar, na defesa, a entrada de Alê resultou bem, a saída de Jorge Silva (por lesão) e a entrada de Marco também trouxe mais segurança à defesa, bem como a entrada de Vidigal. O meio-campo esteve mais forte, muito mais capaz e veloz nas transições ofensivas (não me canso, Diakité é um grande jogador). No ataque, o destaque deve ir para Wegno.
Individualmente destacaria: Vidigal, é um jogador cuja evolução já feita e a que se prevê para o futuro deixa boas indicações.
Emerson não deslumbrou, mas teve um papel importante e deu liberdade a Diakité. Ratinho está, finalmente, a ganhar velocidade e a perceber que a 1ª Liga não é o “campeonato GNT”. Wegno também, pela velocidade e dedicação que tem no seu jogo, por ser forte no “um-contra-um” e ainda por várias vezes surgir no apoio a Jardel e, até mesmo a compensar algum trabalho defensivo que este não faz. Pelas suas características, Wegno faz mais falta que Jorge Leitão.
Foi pena, na parte final do jogo não terem surgido mais golos. Já com o Estrela reduzido a 10, era possível mais um golo nas duas oportunidades criadas.
Destaque para Alcaraz. Não pela exibição (que foi boa) nem pelo golo, mas por tudo. Porque é jovem, porque tem um papel muito próprio dentro da equipa, pelo tempo que tem no clube. Porque nos últimos anos, disse presente nos bons e nos maus momentos, e como não marca golos, não se lhe tem dado o valor que merece.
Momento...
À 3ª jornada, o Beira-Mar está mais forte. Colectivamente existe um conjunto de movimentos onde se nota entrosamento, a defesa solidificou com a presença de Vidigal, o meio-campo ganhou velocidade e o ataque apresenta outra versatilidade (embora se esperasse que por esta altura, Jardel estivesse um pouco melhor).
Os próximos dois jogos são fora, mas a exibição contra o Estrela permite esperar um regresso a Aveiro com pontos.
Outros aspectos...
Os preços dos bilhetes continuam a ser demasiado altos. Em que país vive quem marca estes preços? Faça-se as contas. Quanto tem que pagar uma família para ir ao futebol? Ou mesmo, só um pai e o filho? Depois inventem-se desculpas para o estádio continuar vazio.
A “história das camisolas” continua. De facto, esta direcção não assume erros que são seus. Esta semana de quem terá sido a culpa? Dos operários da fábrica, do camionista das entregas, da própria camioneta da Legea? Mais uma história inacreditável que certamente terá mais capítulos.
Texto: Filipe Guerra
Foto: João Quintaneiro

Fila única?

Na época passada colaborei com a equipa responsável pela organização de jogos no EMA. Esta época, apesar de não colaborar no terreno, tive oportunidade de conversar com os responsáveis do Clube antes do início da época e ficou assente que seria criada uma fila exclusiva para os portadores de bilhete anual. Esta seria, aliás, uma das vantagens para incentivar a venda dos bilhetes anuais:

Retirado do site oficial do SC Beira-Mar

Para meu espanto, quando hoje cheguei ao EMA, a fila na porta E2 era grande e... única. Ou seja, na mesma fila, juntaram-se os espectadores para a Bancada Norte, assim como os que pretendiam entrar na Bancada Poente independentemente de serem portadores de bilhete anual, de bilhete de sócio ou público. Ainda pensei que este jogo tivesse uma afluência maior do que a esperada. Puro engano... ainda estiveram menos espectadores (2823 de acordo com o site do Beira-Mar) do que no jogo com o Desportivo das Aves. Não se compreende que nestas condições se demore cerca de 15/20 min. para entrar no estádio nem é correcto publicitar algo que na prática não se verifica. Não posso deixar de lamentar publicamente o sucedido.

Auri-Negros apresentam site oficial

Na mesma semana em que o SC Beira-Mar renovou o visual do seu site oficial, os Ultras Auri-Negros apresentaram o seu novo site. O "auri-negros.net" entra em cena, substituindo o blog "auri-negros.blogspot.com" através do qual a direcção dos UAN dava conta das actividades do grupo. Recordo que no passado, os UAN tiveram durante três anos o seu site oficial alojado no domínio "auri-negros.com". No entanto, alguns problemas com a empresa responsável pela manutenção do domínio levaram à desistência do mesmo, optando-se posteriormente pela versão "blog" por se considerar suficiente, mais fácil e rápida de actualizar, bem como, mais económica. A actual direcção dos UAN, incentivada por alguns membros do núcleo de Ílhavo, volta a apostar no modelo "site". Espero que seja uma aposta ganha, não apenas em termos estéticos, mas, também, ao nível da qualidade dos textos e da informação disponibilizada. A comunidade auri-negra agradece.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Futsal - Júniores com bom desempenho!

Esta época preparem-se! Em virtude da minha colaboração com a secção (júniores e juvenis), vou bombardear-vos com notícias dos miúdos do nosso futsal. :)
A preparação da nova época desportiva prossegue a todo o vapor. No passado fim-de-semana, a equipa de júniores conquistou o primeiro troféu da época num torneio organizado pelo guarda-redes do Gafanha - Rui Fernandes - em conjunto com o GD Beira Ria. Os nossos miúdos alcançaram um honroso terceiro lugar, tendo em conta que defrontaram a equipa vencedora do Torneio, a Fundação JA, que no ano passado se sagrou campeã nacional de juvenis no jogo de apuramento para a final. Os "nossos" júniores (também eles de 1º ano) bateram-se muito bem, perdendo o jogo apenas nos instantes finais (4-3).
No jogo de apuramento dos 3º e 4º classificados, o treinador aproveitou para rodar os jogadores menos utilizados obtendo, mesmo assim, uma goleada (8-2) diante o Beira-Ria.
Um cumprimento especial ao Rui Fernandes pelo excelente torneio que promoveu e organizou e, ainda, pelo seu site na internet. Pessoas assim dignificam e valorizam a modalidade.

1º Fundação JA

2º GD Gafanha

3º SC Beira-Mar

4º GD Beira-Ria


Ligação:

A teia do futebol (2)

Tal como prometido, o Arauto da Ria continuou o seu texto sobre "A teia do Futebol". Continuar a ler »

O site do Beira-Mar


Só há poucos minutos tive oportunidade de espreitar o novo visual do site oficial do Beira-Mar. À primeira vista, em termos estéticos, não me parece nada de especial. Em termos de funcionalidade, está claramente melhor.

Iª Liga Bênêbola - 3ª Jornada


Palpite para próximo jogo:
SC Beira-Mar vs Estrela Amadora

IIª Liga Bênêbola - 3ª Jornada


Palpite para o próximo jogo:
SC Beira-Mar vs Estrela Amadora

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Ai João, João! Fizeste das boas!

Aqui no BN sempre procurei dar destaque a quem o merece. Estive em Leiria onde, cheguei a acreditar, que as figuras da partida seriam o Wegno e o Vasco Matos. Ambos estiveram muito nem na partida e viram as suas exibições serem premiadas com um golo cada. No entanto, honra lhe seja feita, o árbitro João Vilas Boas conseguiu ofuscar a performance dos atletas, chamando a si todo o protagonismo. Tal como há uns anos, em Barcelos, frente ao Gil Vicente (eu tenho memória....), este senhor voltou a "fazer a cama" ao Beira-Mar. Mas, acreditemos, esta arbitragem não teve nada a ver com os tubarões azulados que esta época prometeram proteger o seu satélite, a quem já cederam o treinador e vários jogadores...
E pronto, admiramo-nos e interrogamo-nos porque o Estádio de Leiria e outros, vários pelo país, estão desertos. Alguém ainda acredita em "verdade desportiva" no futebol profissional em Portugal?
Para não me alongar em considerações sobre a arbitragem deste jogo, passo a transcrever a opinião do João Tiago (Da Rocha), autor de um dos principais blogues desportivos, o Livre Indirecto:
Vergonhoso...
Dois pontos deitados ao lixo por causa de uma arbitragem incompetente de um filho da mãe chamado Vilas Boas. Inácio é que falou bem. Os árbitros fazem um trabalho vergonhoso como o a que assistimos no último quarto-de-hora e se os treinadores reagirem mal à vergonha que se passou em campo ainda são multados. É uma corja isto! Uns têm que ter as costas largas para carregar com tudo, os outros assobiam para o lado...
Depois da péssima arbitragem de Paraty na Madeira, esta de Filas Broas em Leiria é um atentado ao futebol. Incrível a grande penalidade e respectiva expulsão de Danrlei sem que o brasileiro tenha tocado no Sougou; muito forçada a expulsão de Vasco Matos quando a "agressão maior" vem de Tixier; inacreditável a agressão de Valdomiro que o mesmo fiscal de linha, a 1 metro, não conseguiu "ver".
O Beira-Mar não soube segurar o resultado (Marco deveria ter feito falta para travar Sougou no primeiro golo), mas acaba fortemente penalizado por uma arbitragem ridícula. Como já ouvi, o Beira-Mar hoje foi honestamente roubado. Não me interessa se de forma premeditada ou por pura incompetência de Filas Broas... mas que o foi ninguém pode negar (só o inenarrável do Domingos, que diz que o empate premeia o esforço dos leirienses num jogo equilibrado. Não brinquem com a inteligência das pessoas...).
PS: Grande jogo de Wegno. Surpreendente mesmo. Vai ser díficil tirá-lo da equipa inicial. Assim como seria nos casos de Danrlei e Vasco Matos. Mas esses já estão fora. Espera-se pelo sumaríssimo a Valdomiro e estou à espera de ver quantos jogos levará Vasco Matos...
As opções de Augusto Inácio
Exceptuando a minha eterna divergência em relação à dupla de centrais, gostei das opções de Inácio para o onze inicial, especialmente, por manter o sistema, colocando em campo jogadores que se encaixam melhor no mesmo. Ao contrário do Todor, gostei do Danrlei. Apesar de não ter tido muito trabalho, revela ter presença/segurança na baliza. Jorge Vidigal deu consistência na defesa, pena aquela perda de bola que deu origem ao primeiro golo do Leiria. No meio, Emerson permite a Diakite libertar-se e na frente, Wegno foi o melhor em campo. Na minha opinião, a asneira da noite acontece quando Augusto Inácio decide substituir o Luciano Ratinho pelo Marco Couto, ou seja, retirou um jogador de meio-campo que segura muito bem a bola na frente para colocar em campo mais um defesa central. Um claro convite ao adversário para "vir para cima" do Beira-Mar nos últimos dez minutos. A ganhar por 0-2, tendo o jogo na mão, perante o nervosismo do adversário que se encontrava a perder em casa, não havia qualquer necessidade de tal alteração. Fez-me lembrar o inglês Mick Wadsworth há dois anos, na ilha da Madeira, frente ao Nacional, que conseguiu perder o jogo nos descontos depois de ter tirado de campo dois avançados para entrarem dois defesas centrais. São pormenores que definem a classe dos treinadores. O Inácio que me desculpe a franqueza, mas, exige-se a um líder que transmita coragem e inteligência para dentro do campo. A substituição não cumpriu nenhum dos desses pressupostos.
Adiante, o campeonato continua e espero que este empate afecte o menos possível a equipa. Danrlei e Vasco Matos vão estar injustamente afastados do próximo jogo, mas, quando regressarem à convocatória serão trunfos importantes.

domingo, 10 de setembro de 2006

A teia do Futebol...

Num momento em que mais gente começa a contestar e a escrever sobre o futebol, decidi, como amante da modalidade, também escrever e tentar dar o meu pequeno contributo para aclarar os que me leiam, esta situação problemática que há muito existe, mas que pelo poder instituído no futebol e pela inércia dos nossos governantes, tem-se arrastado e apesar do caso “Apito Dourado” e outros antecedentes como “viagens ao Brasil”l e os “quinhentinhos” já indicativos da podridão, veio à baila com contornos de escândalo o “Caso Mateus”, que sem querer ser juiz em causa alheia (por não ter conhecimentos para julgar), desejo que o Fiúza e o seu clube levem até ao fim as suas razões para que a FIFA nos interdite de participar nas competições europeias, tanto quanto a nível de clubes como de selecções. Não me chamem apátrida ou qualquer outro nome, mas penso que só assim, haverá uma lavagem nesta indústria, tão rentável na minha perspectiva e que move milhões de euros e pessoas, sendo apaixonante e lindo, quando jogado com fairplay e verdade desportiva, sem se antever as vitórias ou derrotas antes dos jogos se realizarem. Ou agora ou nunca… E o nosso futebol definhará e morrerá, a única indústria na qual ainda conseguimos competir a nível europeu e mundial, com resultados que nos engrandecem e nos fazem sentir orgulhosos do nosso rectângulo. Veja-se as multidões que arrastam os jogos da selecção nacional e das competições europeias, porque as pessoas ainda acreditam que nestas a credibilidade, a honestidade, e valor das equipas ditam a justeza dos resultados. Mas o vil metal…! São biliões de euros a rolar e tanto a FIFA como a UEFA são multinacionais puras com o objectivo do lucro. O nosso futebol está carcomido e a extinguir-se, porque os seus dirigentes nacionais, são os mesmos à anos inesquecíveis e pelo conhecimento que tenho estão hipotecados uns aos outros por tráfico de influências e por interesse de continuidade nos seus postos, embora digam sempre antes das eleições que estão cansados e não precisam do futebol para nada. Por ser um interessado e atento espectador a estes meandros, vou tentar descrever os principais dirigentes dos diversos órgãos que dirigem o nosso futebol. Gilberto Madail: Fez incursões pelo futebol no Beira-Mar, como Presidente, um ano ou dois no máximo e depois ascendeu para a Associação de Futebol de Aveiro, deambulou pela política (Governador Civil e Deputado) e fixou-se como Presidente da FPF com o tráfico de influências que sempre terá de existir para se ascender e manter tantos anos, já lá vão mais de dez anos que este senhor é o principal responsável, com a anuência e aprovação de nomes como Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Mesquita Machado, Pinto de Sousa, António Henriques (foi Presidente do Marítimo e hoje é Presidente da Associação de Futebol do Funchal), além de outros onde pontifica o dinossauro Adriano Pinto (Presidente da AF do Porto), qualquer dos nomes referidos tem mais de 20 anos de ligação ao futebol, zangam-se aqui e ali mas os altos interesses voltam a junta-los ou então são “zangas públicas” para disfarçar. Valentim Loureiro: O patrão dos patrões dos clubes seus aliados, sabe movimentar-se e cultivar simpatias, é o grande rosto do Apito Dourado. Foi Presidente do Boavista muitos anos, político quanto baste e Presidente da liga mais de uma dúzia de anos intercalados. Acumulou presidências no futebol, política e empresas públicas e privadas, foi Cônsul da Guiné em Portugal, enfim, o homem dos sete-ofícios, como se diz na gíria popular. Raposa velha colocou o filho no seu clube como Presidente e fez dele campeão nacional com incursões com sucesso nas competições europeias. Nesta altura as relações com Pinto da Costa esfriaram e até se tornaram inimigos, porque a luta por um lugar na Liga dos Campeões deu lugar ao título que o Papa julgava como adquirido. O Apito Dourado provocou no Valentim um abalo maior que um sismo e voltou aos beijos e abraços com Pinto da Costa, também envolvido neste escândalo. Como a união faz a força, os dois com a esperteza que têm sabiam que podiam beneficiar das duas maiores forças políticas do País. No centro estava a virtude. Presidentes de Associações: Já falei dos principais no início deste texto, mas António Henriques, Adriano Pinto e Pinto de Sousa eram uns dos grandes suportes do “sistema” no futebol profissional e não profissional. Pobre Dias da Cunha que sai do futebol como xé xé. Estranha-se ou não os graus de parentesco entre personalidades como Valentim Loureiro e Pinto de Sousa e António Henriques e Pinto da Costa…existem. Arbitragens: Neste sector, os laços familiares directos e indirectos são mais que muitos e o tráfego de influências inicia-se logo no começo da carreira dos árbitros, começando logo nos campeonatos distritais, a fazer a vontade aos senhores das Associações. Com jeitos e compadrios se inicia assim a carreira viciada de um árbitro que devidamente apadrinhado chega a internacional em poucos anos. Mas fazendo um exercício de memória vou citar alguns nomes da arbitragem da primeira categoria e o seu grau de parentesco com elemento ligados há muito ao mundo do futebol. Paulo Paraty: Internacional, filho de Armando Paraty ex-árbitro e irmão de outro árbitro internacional de Futsal Miguel Paraty. Rui Costa: Irmão de Paulo Costa internacional no activo. Carlos Xistra: Filho de um elemento importante da Associação de Futebol de Castelo Branco. Artur Soares Dias: Filho de um ex-árbitro internacional e hoje observador de árbitros. Augusto Duarte: Filho do ex-árbitro Azevedo Duarte e também já teve um irmão na primeira categoria despromovido em 2004/2005. André Santos: Filho de Martins dos Santos antigo árbitro que há bem pouco de retirou. Mais exemplos poderiam apontar se envolvêssemos aqui os observadores dos árbitros e os observadores dos observadores dos árbitros. Este artigo vai ter continuação para falar dos agentes desportivos (empresários de jogadores), políticos e a miscelânea explosiva que toda a gente referida e a referir provoca nos meandros do Futebol.
in blog O Arauto da Ria

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

O Beira-Mar tem adeptos?

Esta interrogação pintou a primeira página da edição do Diário de Aveiro do passado dia 4 de Setembro, publicitando o artigo que se seguia nas páginas seguintes, onde o jornalista Rui Cunha procurava respostas para outra questão: «Onde pára o público do Beira-Mar?»
Sobre esta temática da ausência/inexistência de adeptos do Beira-Mar, já tinha prometido pronunciar-me aqui no BN aquando da publicação do post de análise ao jogo Beira-Mar x Aves. Trata-se de uma questão que me diz muito. No entanto, é difícil abordar todas as perspectivas e factores que, em minha opinião, contribuem para o cenário desolador das bancadas do EMA num artigo que se destina a publicação num blog.
Para situar os meus pontos de vista, teria que partilhar a minha história. Contar aqui como é que um miúdo que nem gostava de futebol se tornou adepto ferrenho da modalidade e do Clube da sua terra de adopção, ao ponto de fazer sentir ao pai, por altura do 9º aniversário, que a prenda que mais desejaria era o cartão de sócio do Sport Clube Beira-Mar. Teria, também, que partilhar aqui alguns dos inúmeros casos de conversão “clubística” aos quais assisti e também tive alguma influência. Revelar, ainda, como é que os Ultras Auri-Negros se fundaram com 12 elementos e em menos de cinco anos atingiram quase os 500 sócios. São experiências que vivi e que me ajudaram a compreender, nalguns aspectos, como cativar novos adeptos e novos sócios, envolvendo-os num projecto colectivo.
Na época passada delineei e incentivei a Direcção do Beira-Mar a desenvolver uma campanha nas escolas dos concelhos de Aveiro e Ílhavo. Dessa experiência, retirei algumas conclusões importantes que me ajudaram a perceber, ainda melhor, as dificuldades de penetração do “ideal auri-negro” no seio da comunidade juvenil/estudantil.
Fruto, também, da minha experiência enquanto dirigente dos UAN, tive oportunidade de contactar, conhecer e desenvolver algumas amizades com dirigentes doutras claques e doutros clubes. Tomei conhecimento de modelos de sucesso e outros manifestamente de insucesso. Hoje, não tenho dúvidas em afirmar que é importante aprender com os outros, ver o que se faz por “aí”, mas, não perder a noção que cada caso é um caso e, no caso do Beira-Mar, há especificidades resultantes do meio histórico-económico-político-social em que o Clube se insere.
Pelo exposto, quero concretizar e sintetizar uma ideia, a de que não existe uma “solução” para o problema, antes, um conjunto de soluções que carecem de uma aplicação integrada, adequando-se aos diversos factores que concorrem para o actual desinteresse que reina na cidade e na região em relação ao Beira-Mar.
Uma visão redutora
Ao longo dos anos, as campanhas de angariação de sócios e adeptos que saltaram do papel para o terreno foram sempre descoordenadas e sem continuidade. As políticas de preços de bilheteira alteraram-se ao sabor dos resultados desportivos. E pior, cultivou-se a ideia de se quererem sócios à força, pela negativa; isto é, “se queres vir ao futebol a preços acessíveis, tens que te tornar sócio”. Nada mais errado, assumo eu, como pressuposto num Clube que pretende crescer, que pretende conquistar um público que lhe é manifestamente indiferente.
O conceito de “sócio” de um Clube que não uma SAD (relembro que o Sport Clube Beira-Mar é uma agremiação desportiva, cultural e recreativa) pressupõe a livre vontade da pessoa em se associar, em integrar-se num projecto colectivo, que desenvolve uma actividade vocacionada para os seus membros. Acontece, porém, que o Beira-Mar de hoje não se assume nem se quer assumir como um Clube dos seus poucos sócios. O Beira-Mar quer ser grande, quer ser um digno representante da sua região.
Nessa óptica, revela-se contraproducente adoptar e aplicar políticas que não prevejam a aproximação positiva do público não-sócio à colectividade. E é neste sentido que ao longo dos anos insisto na minha tristeza. O Beira-Mar tem poucos sócios praticando das quotas mais baratas no país e, mesmo assim, continua a fechar-se em torno dos cerca de 10% a 20% de associados que pagam regularmente as suas quotas.
Como é óbvio, compreendo a importância de não defraudar as expectativas de quem se associa, pois, tão ou mais importante que o seu processo de angariação será a sua manutenção nessa condição. Mas, acredito, esse trabalho não se consegue meramente assente numa política de preços baixa para os sócios e cara para os não-sócios. É importante manter o interesse no “produto”, ou seja, nos serviços que o Clube tem para oferecer/vender.
A título de exemplo, olhemos para a época transacta. O Beira-Mar foi Campeão da Liga de Honra apenas com duas derrotas, ou seja, não perdeu a jogar em casa. Durante toda a segunda volta, os sócios não pagaram bilhete suplementar e o público tinha ingressos a 2,5€ desde que adquiridos durante a semana. Uma política de preços que tive oportunidade de elogiar. No entanto, as assistências ficaram muito aquém do esperado (cerca de quatro mil espectadores por jogo) e, até mesmo nos dois jogos de festa (recepção ao Olhanense e Vizela), não ultrapassaram os sete mil espectadores. Para um Clube que se pretende assumir na sua região e no panorama futebolístico nacional, considero que são números muito baixos, ainda para mais, atendendo a um passado recente, do qual guardo na memória alguns jogos ainda no “velhinho” Mário Duarte que foram determinantes para evitar descidas e outros para consumar subidas de divisão que tiveram assistências a rondar os dez mil espectadores. A época passada serve-me, de momento, para ilustrar a minha ideia de que, os resultados desportivos, só por si, não trazem nem fidelizam adeptos em massa (ver, também, o exemplo do Boavista mesmo tendo sido campeão e participado na Liga dos Campeões há poucos anos). Importa, por isso, perceber o que pode proporcionar satisfação a quem vai ao Estádio. Nesse âmbito, torna-se imperioso criar espaços de lazer e confraternização no exterior do Estádio motivando as pessoas a deslocar-se cedo para o mesmo, mecanismos de acesso rápido e fácil ao interior do Estádio sem longas filas e revistas minuciosas que ofendem a integridade de gente de bem, envolvendo o jogo num clima de festa e apoio ao Clube que torne os espectadores parte activa no espectáculo. Mas não só! É fundamental que a equipa, dentro de campo, pratique um futebol atractivo, capaz de empolgar a assistência – algo que na época passada não aconteceu. E o próprio papel dos dirigentes, treinadores e jogadores, durante a semana, na antevisão e projecção do jogo deve ser vocacionado para a mobilização dos adeptos.
É claro que tudo isto parece muito óbvio, mas, na verdade, pouco ou nada se concretiza. Inclusivamente, são os próprios dirigentes dos clubes, em geral, que prestam um mau serviço ao futebol tecendo declarações públicas em que transparecem todos os “podres” do meio que gere o futebol, descredibilizando o evento desportivo que lhes cumpre promover “Domingo a Domingo”.
Em jeito de conclusão…
No seio desta problemática dos adeptos, no que ao Beira-Mar diz respeito, outros factores e outros meios de promoção da informação e da imagem do Clube junto dos adeptos podem e devem ser pensados. Nesse âmbito, concorrem os meios de comunicação do Clube com a sua comunidade, seja na prestação de serviços, na transmissão de informação e/ou pagamentos, bem como, nos pequenos actos que contribuem para alimentar a mística de que vive qualquer instituição que pretende assumir-se como representativa de uma região.
Por agora, parece-me mais importante situar o debate nas causas justificadoras do desinteresse do público aveirense pelo seu Clube e, de certo modo, pelo futebol português em geral, assim como, nas medidas que se podem e devem a adoptar a curto e médio prazo com vista a combater localmente esse mesmo desinteresse.
Ligações:

Iª Liga Bênêbola - 2ª Jornada


Palpite para o próximo jogo:
UD Leiria vs SC Beira-Mar

IIª Liga Bênêbola - 2ª Jornada


Palpite para próximo jogo:
UD Leiria vs SC Beira-Mar

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

FUTSAL: Época 2006-2007

A apresentação do plantel sénior à imprensa decorreu na passada Segunda-Feira no Pavilhão do Beira-Mar. A formação «auri-negra» iniciará a sua participação nos campeonatos nacionais (3ª divisão) no dia 30 de Setembro às 18h30, recebendo o CRECOR. Esta época reserva-nos, ainda, dois "derbies" apetecíveis, frente ao Lamas e Gafanha.
Até ao momento, a equipa conta com os seguintes reforços: Diogo, (ex-modicus, tendo antes jogado no SC Beira-Mar), Daniel (ex-Arca), Paulito e Fred (ex-Travassô) e Maduro (ex- coimbrão), sendo muito provável a inclusão de um atleta brasileiro que já se encontra a treinar no clube.
Pela primeira vez na curta história da secção, a época inicia-se sem a pressão da subida de divisão. Ainda assim, a confiança dos atletas e treinadores passa por vencer "jogo a jogo" e ter uma palavra a dizer nos lugares cimeiros da classificação.
Ao longo destas semanas arrancam também as actividades nos escalões de formação. Esta época acompanharei com especial atenção o desenvolvimento das equipas jovens do futsal Beiramarense em virtude de assumir uma colaboração com a secção na coordenação dos júniores e juvenis.