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sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

E agora, futebol?

O Estoril terminou com o futebol profissional quando ainda falta um jogo para terminar a 1ª volta do campeonato. A Ovarense virá (?) no Domingo a Aveiro com 12 jogadores (três dos quais guarda-redes). O Marco terá que improvisar um guarda-redes como jogador de campo para apresentar os onze elementos na próxima jornada e o Maia também terá sérias dificuldades para terminar a época. Estes são os casos conhecidos mas não tenho dúvidas que há outros clubes que se encontram com a corda na garganta mas têm conseguido manter a descrição, provavelmente, às custa dos bolsos dos seus dirigentes.
Estes casos que referi, aos quais se juntam Salgueiros, Farense, Felgueiras, Alverca (e até o Campomaiorense que se antecipou a esta vaga) não podem deixar as instituições que dirigem o futebol profissional português indiferentes. Se, por um lado, estes clubes chegaram a esta situação extrema por clara incapacidade de gestão dos seus dirigentes, por outro, não se pode ignorar a ausência de receitas que o futebol português proporciona aos clubes ditos "não grandes". Depois desta época nada será como dantes, nem poderia ser... A estes clubes que já se encontram a desistir do futebol profissional outros lhes seguirão as pisadas. Alguns clubes da "Betandwin" também terão muitas dificuldades (como é exemplo o Vit. de Setúbal ou, até mesmo, o Boavista FC). O futebol profissional português está a bater no fundo, tal como já conteceu na Itália ou na Alemanha enquanto os "três grandes" continuam a gastar dinheiro no estrangeiro em transferências. Infelizmente, não acredito na capacidade da actual estrutura dirigente para sair desta crise. Estamos perante um problema para profissionais competentes resolverem. Apesar de não concordar com as SAD no futebol, não consigo conceber a gestão do futebol e dos clubes sem ser por profissionais. Espero que o Beira-Mar consiga subir de divisão e se mantenha estável, mas esta não é a altura de olharmos para o umbigo e lamentar a perda dos três pontos do jogo com o Estoril. Esta é a altura de percebermos que o país está em crise, as autarquias fecham as torneiras e o futebol está cada vez mais refém da ditadura dos interesses televisivos que muito têm contribuído para tirar gente aos estádios.

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