sexta-feira, 23 de julho de 2010
Sobre o orçamento desta época
Não pude estar presente na Assembleia Geral (AG) que se realizou na última Sexta-Feira, a qual, entre outros assuntos, aprovou o orçamento proposto pela direcção do clube.
Comecei por alertar a minha ausência na referida reunião para dar conta de que aquilo que por agora me leva a escrever estas linhas resulta, tão só, da leitura de alguns artigos publicados na comunicação social local (entre os quais, o Diário de Aveiro - clicar na imagem que ilustra este post para aumentar).
Ora, segundo o que li, a direcção prevê arrecadar esta época cerca de 3,6 milhões de euros, gastar 3,5 milhões de euros, prevendo um resultado de exercício positivo na ordem dos 70 mil euros.
Em jeito de comentário, devo começar por dizer que estes números não me surpreendem. Aliás, penso que revelam algum optimismo moderado no que à previsão das receitas diz respeito (vai depender muito da eventual alienação dos direitos desportivos de algum atleta), revelando realismo no que toca às despesas dentro do actual contexto do clube.
Num ano de regresso à 1ª Liga que sucede a três anos consecutivos de 2ª liga e a um dos períodos mais difíceis da história do clube, penso que uma das prioridades desta época deverá ser o reforço do plantel de futebol em duas vertentes: Por um lado, atletas que garantam competitividade à equipa no sentido desta garantir tranquilamente a manutenção; por outro, atletas jovens que permitam construir uma “espinha dorsal” da equipa para os próximos anos, potenciando a valorização de algum ou alguns deles com vista a uma eventual futura transferência.
É fundamental que se compreenda que, no actual modelo, o SC Beira-Mar para sobreviver não poderá voltar a cair na 2ª liga nos próximos anos e, se quiser crescer, terá necessariamente que “vender” jogadores todos os anos. Face ao exposto, independentemente do modelo que pudesse ser adoptado, reitero a minha convicção de que a constituição de uma SAD para o futebol profissional do SC Beira-Mar seria uma boa solução a todos os níveis. Continuo a lamentar que a maioria dos sócios do clube que vão às Assembleias Gerais não partilhe desta perspectiva.
Agora, o que a realidade dos números apresentados pela direcção do clube nos evidencia é que não há condições, nas circunstâncias actuais, para enfrentar o passivo do clube a curto-prazo, nem nada que se pareça. Significa isto que, se os principais credores do clube quiserem que o mesmo se desenvolva e se estabilize desportivamente na 1ª liga, terão que esperar alguns anos para poderem ser ressarcidos.
Tendo em conta a actual estrutura de receitas do clube e a improvável solução do diferendo com a autarquia que resulte na liquidação dos valores que o clube reclama, a satisfação do “grosso” dos credores estará dependente da realização de receitas “extraordinárias”.
A apresentação deste orçamento constitui, indubitavelmente, uma manifestação de transparência e realismo por parte da direcção do clube. Diria que, a partir de agora, todos sabem com o que podem contar. Louvo, ainda, o facto de ter sido a própria direcção, num gesto de apreciável humildade, a retratar neste orçamento as declarações alucinadas do seu presidente Mário Costa, aquando da Assembleia Geral do dia 23 de Abril (a qual, como todos certamente se recordam, resultou na reprovação do projecto de constituição da SAD e lançamento das bases da candidatura da actual direcção) em que prometeu a José Cachide libertar um milhão de euros no final deste exercício para amortização do débito dos ex-dirigentes.
Oxalá que, a partir daqui, todos, sem excepção, partilhem duma perspectiva para o clube com os pés bem assentes no chão. Temos todos, repito, todos, sem excepção, a obrigação de ter aprendido com os erros cometidos num passado ainda recente.
Em jeito de comentário, devo começar por dizer que estes números não me surpreendem. Aliás, penso que revelam algum optimismo moderado no que à previsão das receitas diz respeito (vai depender muito da eventual alienação dos direitos desportivos de algum atleta), revelando realismo no que toca às despesas dentro do actual contexto do clube.
Num ano de regresso à 1ª Liga que sucede a três anos consecutivos de 2ª liga e a um dos períodos mais difíceis da história do clube, penso que uma das prioridades desta época deverá ser o reforço do plantel de futebol em duas vertentes: Por um lado, atletas que garantam competitividade à equipa no sentido desta garantir tranquilamente a manutenção; por outro, atletas jovens que permitam construir uma “espinha dorsal” da equipa para os próximos anos, potenciando a valorização de algum ou alguns deles com vista a uma eventual futura transferência.
É fundamental que se compreenda que, no actual modelo, o SC Beira-Mar para sobreviver não poderá voltar a cair na 2ª liga nos próximos anos e, se quiser crescer, terá necessariamente que “vender” jogadores todos os anos. Face ao exposto, independentemente do modelo que pudesse ser adoptado, reitero a minha convicção de que a constituição de uma SAD para o futebol profissional do SC Beira-Mar seria uma boa solução a todos os níveis. Continuo a lamentar que a maioria dos sócios do clube que vão às Assembleias Gerais não partilhe desta perspectiva.
Agora, o que a realidade dos números apresentados pela direcção do clube nos evidencia é que não há condições, nas circunstâncias actuais, para enfrentar o passivo do clube a curto-prazo, nem nada que se pareça. Significa isto que, se os principais credores do clube quiserem que o mesmo se desenvolva e se estabilize desportivamente na 1ª liga, terão que esperar alguns anos para poderem ser ressarcidos.
Tendo em conta a actual estrutura de receitas do clube e a improvável solução do diferendo com a autarquia que resulte na liquidação dos valores que o clube reclama, a satisfação do “grosso” dos credores estará dependente da realização de receitas “extraordinárias”.
A apresentação deste orçamento constitui, indubitavelmente, uma manifestação de transparência e realismo por parte da direcção do clube. Diria que, a partir de agora, todos sabem com o que podem contar. Louvo, ainda, o facto de ter sido a própria direcção, num gesto de apreciável humildade, a retratar neste orçamento as declarações alucinadas do seu presidente Mário Costa, aquando da Assembleia Geral do dia 23 de Abril (a qual, como todos certamente se recordam, resultou na reprovação do projecto de constituição da SAD e lançamento das bases da candidatura da actual direcção) em que prometeu a José Cachide libertar um milhão de euros no final deste exercício para amortização do débito dos ex-dirigentes.
Oxalá que, a partir daqui, todos, sem excepção, partilhem duma perspectiva para o clube com os pés bem assentes no chão. Temos todos, repito, todos, sem excepção, a obrigação de ter aprendido com os erros cometidos num passado ainda recente.
Publicado por
Nuno Q. Martins
19:18
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sexta-feira, 23 de julho de 2010
às19:18
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2 comments:
O dedo na "frida"
Nuno, não te desgastes com o insustentável, estes dirigentes são uns autistas, gostam de se ouvir e a ingratidão é o seu apanágio. Olha o post acima é muito melhor, limpa a vista e alegra o ego de uns tantos como eu.
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