Fui um dos poucos adeptos do Beira-Mar que se deslocou ao Barreiro para ver este jogo e apoiar o nosso clube. Voltei frustrado para Aveiro e a dar razão aos que preferiram aproveitar o fim-de-semana para fazer outras coisas em vez de gastarem o seu tempo e o seu dinheiro. O meu único ânimo para persistir nesta irracionalidade de prejudicar a minha vida para acompanhar o Beira-Mar nos jogos fora é o ambiente que o autocarro
auri-negro proporciona. Nesta viagem, conheci um senhor de ílhavo, grande adepto do Beira-Mar, que diz alguns dos "onzes" mais célebres do Beira-Mar que eu já não conheci como quem diz o alfabeto. Fiquei impressionado pela sua boa disposição, mas, também, pela sua inteligência e cultura. Aqui fica registada esta nota pessoal de admiração pelo senhor e espero voltar a encontra-lo mais vezes nestas andanças.
Em relação ao jogo, gostei da atitude na primeira parte. O Beira-Mar foi claramente a melhor equipa no terreno e controlou as manobras do adversário que praticamente não dispôs de situações de perigo junto à baliza de Srnicek. Contudo, ofensivamente notava-se que faltava simplicidade e segurança no momento do último passe antes do remate.
Na segunda parte, o jogo recomeçou à semelhança do primeiro tempo. O Beira-Mar com maior posse de bola e a equipa do Barreirense a tentar o contra-ataque mas com pouco perigo até que, inexplicavelmente (não sei se tinha alguma lesão mas não me pareceu), Augusto Inácio retira Labarthe da partida para entrar o Artur. A partir desse momento, tal como já tinha acontecido em Matosinhos frente ao Leixões, a postura da equipa modificou-se. O Barreirense assumiu o comando do jogo e o ataque do Beira-Mar reduzia-se praticamente a lançamentos longos para a corrida de Roma e Jonathan. Neste período, a equipa da casa podia por diversas vezes ter chegado ao golo comprometendo as aspirações do Beira-Mar em pontuar neste jogo. Na defesa do empate que parecia ser um resultado agradável para as duas equipas (excepto para os adeptos que pagam bilhete) chegou-se ao cúmulo de se assistir a uma jogada em que a bola foi de guarda-redes a guarda-redes e ambos fizeram questão de queimar tempo assumindo explicitamente que o empate lhes servia as intenções...
Paulo Costa - O PROTAGONISTA
Este senhor tudo fez para ser considerado pelos adeptos de ambos os clubes o protagonista do jogo. Conseguiu realizar uma arbitragem pior que péssima. Faltas mal assinaladas, outras por assinalar e outras, ainda, ao contrário. O critério de amostragem de cartões... simplesmente inexplicável. O penalty que fica por marcar por falta cometida sobre o Roma na segunda parte é escandaloso. Ninguém no estádio teve dúvidas... Um autêntico roubo! Os três cartões amarelos que se seguiram (Balde, Roma e Tininho) foram uma palhaçada. Este senhor que também já nos contemplou com a sua azelhice noutras épocas (lembro-me, por exemplo, de um jogo com o Boavista também surreal) ajuda a explicar o descrédito que as instâncias do futebol internacional têm na arbitragem portuguesa. Lamentável...
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