terça-feira, 7 de fevereiro de 2006
Claques: O tema do momento, porquê?
O episódio protagonizado por um grupo de adeptos à porta do Centro de Estágios do FC Porto lançou para os media, mais uma vez, o tema das claques. Ainda nem sequer foi provado o envolvimento dos líderes dos Super Dragões nos incidentes. Mas, mesmo que eles tenham estado envolvidos, não se pode, a pretexto desta ou daquela claque colocar em causa todas as claques. Ainda na semana passada, o presidente do Nacional da Madeira proferiu declarações que incendiaram Alvalade, levando a que o próprio se faça agora de vítima e fale em "clima de terror". Se para as claques - a raíz de todos os males do futebol -, a fórmula é fácil, basta acabar com os apoios às mesmas (segundo defendem), o que dizer destes dirigentes? E para aqueles que estão envolvidos no caso "apito dourado"? E para os Srs. "José" e "Nuno" e outros que tal?
Nos últimos dias tenho lido e ouvido opiniões completamente ignorantes e absurdas sobre o papel das claques e a sua relação com os clubes. Além de transcrever na íntegra o post do Megafone que se segue, recomendo uma leitura atenta ao texto "Os últimos" que foi publicado numa coluna de opinião do JN e que se pode aplicar a outras cores clubísticas.
O senhor desta imagem chama-se Jorge Baptista. Foi jornalista, funcionário da UEFA e gosta de dar uns palpites como comentador. No programa de domingo à noite da TVI, tinha ao seu lado outro jornalista, João Querido Manha, que não escondeu a sua crónica aversão às claques mas que até foi bastante mais moderado do que o habitual. Já o senhor Jorge, falando com um inusitado tom de indignação, disse algumas "pérolas" que não podem passar em claro. Para o tal senhor, o que "está mal" é quando "as claques se assumem como forças reguladoras dos próprios clubes". Ou seja, enquanto forem marionetas que se limitam a bater palmas e a mandar uns "allez allez" no estádio, os Grupos Organizados de Apoio, segundo esse senhor, "até podem ter um papel importante a desempenhar". Mas quando começam a pensar, criticar, exigir, então há que acabar com eles ou, pelo menos, metê-los na ordem. Perante isto, meus amigos, por vezes tenho de me beliscar para acreditar que o 25 de Abril aconteceu mesmo e não foi uma ilusão de óptica.
Já em "O Dia Seguinte" (SIC Notícias), o ilustre painel de comentadores teceu também umas conjecturas curiosas sobre a realidade das claques, recuando até ao surgimento da JL ou dos extintos "Dragões Azuis". É o tema do momento e os "opinion makers" acotovelam-se para mandar o seu "bitaite", mesmo que demonstrem estar desfasados da realidade e se mostrem desconhecedores de tantas iniciativas meritórias assumidas pelos Grupos Organizados de Apoio. No entanto, há que justificar a avença que recebem ao fim do mês e ir contra a corrente é uma coisa chata. Bater no "ceguinho" custa menos...
Publicado por
Nuno Q. Martins
12:54
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2006
às12:54
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