sexta-feira, 16 de junho de 2006
Beira Mar - Fragmentos de história
Em Março de 1980 o Beira Mar disputava a 1ª Divisão Nacional e decorridos 2/3 do campeonato, depois de uma 1ª volta pouco conseguida, a equipa partia para a fase decisiva colocada nos lugares da intranquilidade.
Para trás ficara já uma "chicotada psicológica" na pessoa de Fernando Cabrita que cumpria a 3ª época consecutiva ao serviço do clube e se via substituído por um treinador prestigioso oriundo do Sporting Clube de Portugal, o prof. Rodrigues Dias.
Para trás ficara já uma "chicotada psicológica" na pessoa de Fernando Cabrita que cumpria a 3ª época consecutiva ao serviço do clube e se via substituído por um treinador prestigioso oriundo do Sporting Clube de Portugal, o prof. Rodrigues Dias.
Como muitas vezes acontece, por motivos tão aleatórias como o próprio futebol, o abanão produziu efeitos e não obstante o reconhecimento da capacidade e o elogio ao treinador substituído na hora da despedida a mudança trouxe um novo alento e uma evidente melhoria de resultados com uma sucessão de vitórias e empates nos jogos seguintes, apesar da perda de um defesa tão influente como era o capitão de equipa Manecas, transferido na mesma altura para o West Adelaide Soccer Club. A este propósito, aliás, vale a pena mencionar que na hora da partida e numa reportagem do jornal " A Bola " à pergunta se tinha pena de deixar o Beira Mar, o atleta respondia assim: " Imensa. Fui extraordinariamente bem tratado em Aveiro, não só pelas gentes beiramarenses mas por todos quantos me rodearam. Parto esperançado em regressar para este clube do qual só levo gratas recordações." Não regressou, terá mesmo decidido ficar pela Austrália, mas palavras idênticas têm sidos pronunciadas por muitos outros atletas profissionais que têm servido o Beira Mar ao longo dos anos e que assim se engrandecem e engrandecem o nosso clube.
Naquela época de 1979/80 o plantel do Beira Mar era globalmente considerado algo limitado em termos técnicos, lacuna compensada pela alta capacidade de luta dos seus atletas. Do conjunto de jogadores faziam parte duas então promessas do futebol português que vieram a ter destinos opostos: Veloso e Zé Beto. O primeiro, transferido mais tarde para o Sport Lisboa e Benfica, confirmou-se plenamente, foi durante muitos anos capitão de equipa dos encarnados, internacional e um dos bons valores do nosso futebol. O segundo, quando já caminhava a passos seguros para uma carreira de sucesso no Futebol Clube do Porto e na selecção nacional, pereceu tragicamente num brutal despiste de automóvel.
Como curiosidade registe-se ainda o facto de Nelson Moutinho, um avançado de pequena estatura, mexido e habilidoso, ser pai do actual futebolista do Sporting Clube de Portugal João Moutinho.
Era nessa época presidente do clube António Silva Vieira e chefe do departamento de futebol Orlando Bismark.
Atletas: Zé Beto, Peres e Freitas (gr), Manecas, Cansado, Teixeirinha, Sabu, Leonel, Lima e Tomás (def), Cremildo, Lechaba, Veloso, Niromar e Jairo (med) e Nelson Moutinho, Germano, Camegim e Serginho (av)
Era nessa época presidente do clube António Silva Vieira e chefe do departamento de futebol Orlando Bismark.
Atletas: Zé Beto, Peres e Freitas (gr), Manecas, Cansado, Teixeirinha, Sabu, Leonel, Lima e Tomás (def), Cremildo, Lechaba, Veloso, Niromar e Jairo (med) e Nelson Moutinho, Germano, Camegim e Serginho (av)
Narciso Cruz
Publicado por
Nuno Q. Martins
10:04
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sexta-feira, 16 de junho de 2006
às10:04
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