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quinta-feira, 20 de julho de 2006

Futebol português

A farsa continua...
O nosso futebol sempre se revelou pródigo em situações verdadeiramente "terceiro mundistas", mas, na boa esperança de qualquer apaixonado pela modalidade, reside sempre a esperança que esta caminha no bom sentido, rumo à transparência que a "verdade desportiva" exige.
Só que, volta e meia (às vezes nem é preciso tanto), esse "caminho da esperança" é submetido a desvios que qualquer ser, mais ou menos (in)formado, não consegue ficar indiferente.
Este Verão já tinha animação garantida com o caso «Mateus»... Qual circo, qual filme de ficção, qual teatro! E só não abriu telejornais em vários dias seguidos porque se trata de uma situação que envolve directamente os interesses do Gil Vicente e do Belenenses. Imagine-se que tratamento seria dado se em causa estivesse um pontinho que fosse de um qualquer «grande» do futebol português...
Mas o que mais me surpreende, é que os favorecimentos e o "jogo de pressões" já nem sequer são efectuados duma forma discreta. O "modus operandi" desta gente é idêntico ao da máfia, fazendo transparecer a todo o custo cá para "fora" quem é que tem o poder e como o exerce.
No caso «Mateus», o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol anulou a decisão da Comissão Disciplinar da Liga de clubes favorável ao Gil Vicente por considerar irregular a participação do filho de um vice-presidente do clube de Barcelos na decisão. Para o ramalhete ficar completo, o vice-presidente do Gil Vicente demite-se para que o seu filho possa tomar parte da decisão. Dos quatro elementos da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, dois apresentam a demissão...
Agora, repare-se no caso «Nuno Assis». O jogador acusou uma substância proibida num controlo anti-doping e ficou vários meses suspenso, prejudicando gravemente a sua carreira profissional e o seu clube. Passados estes meses todos, o Conselho de Justiça da FPF determinou o arquivamento do caso fundamentando que não ficou provado que o atleta se tenha dopado de livre vontade (?!), provocando a indignação do Conselho Nacional Antidopagem (CNAD), do Laboratório de Análises e Dopagem (LAD) e da Secretaria de Estado do Desporto que, pela voz do Dr. Laurentino Dias, prometeu remeter o caso para a Procuradoria Geral da República, com interpelações à Liga, à FPF, UEFA, FIFA e Agência Mundial de Antidopagem (AMA). [Ler mais]
Estes exemplos são reveladores que, de facto, o futebol vive num mundo à parte. Ambas as questões, em si, não são portadoras de uma complexidade jurídica por aí além, estivessem as decisões entregues a órgãos totalmente independentes, compostos por membros bem preparados, isentos e desprendidos de pressões de terceiros.
Acontece, porém, que a lógica de manutenção do poder condiciona toda a democraticidade que o futebol necessitaria para se renovar, rumo à transparência que (quase) todos reclamam. Exemplo disso mesmo, serão as próximas eleições na Liga de Clubes. Num qualquer país civilizado, os interesses das instituições são colocados num patamar superior aos interesses particulares de A ou B. Ninguém duvida que, na ressaca de um processo como o "apito dourado" do qual o actual presidente da Liga foi arguído, fosse da mais elementar utilidade para a credibilização da própria Liga, uma renovação da composição dos seus órgãos sociais. Para bem do futebol e da sua imagem!
Mas não! O Major sente-se bem na cadeira do poder e quer utilizar mais um mandato na Liga para "lavar a cara" junto da opinião pública. Os clubes, esmagadoramente submetidos ao poder de alguém que controla a arbitragem (que continua na alçada da Liga?!) e as verbas decorrentes dos patrocínios da Liga, preparam-se para prestar vassalagem ao Major, mandatando-o para mais quatro anos.
Aqueles que pensem, sequer, enfrentar esta "corrente", ficam desde já avisados pelo director do jornal O Jogo (moço de recados do Major?!): «... neste sector (arbitragem) há uma forte corrente, interpretada pelos árbitros internacionais, que vai no mesmo sentido da maioria dos sócios da Liga. Ou seja: major por mais quatro anos». [Ler mais]
Esclarecedor!!!

7 comments:

Anónimo disse...

O exemplo que vem de Itália,se algo de semelhante ocontece-se por cá com os ditos grandes o que é que acontecia? claro como a água NADA! Nuno,este é o pais onde tentamos VIVER.

Vitor Peixoto

Anónimo disse...

Bom comentário Nuno e
parabéns Dr.Laurentino Dias.
A verdade tem de vir ao de cima!

Anónimo disse...

Bom comentário Nuno e
parabéns Dr.Laurentino Dias.
A verdade tem de vir ao de cima!

Nuno Q. Martins disse...

Às 19h22 de hoje, o jornal Record noticia que afinal, Valentim Loureiro será candidato a Presidente da Mesa da Assembleia-Geral:

Valentim Loureiro não se recandidata a presidente da direcção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), mas vai integrar uma das listas para as eleições de 10 de Agosto como candidato a presidente da mesa da Assembleia-Geral.

O ainda presidente em exercício da Liga confirmou hoje, em conferência de imprensa realizada na sede da instituição, que deixa mesmo a Direcção, uma situação que há meses vinha adiantando como quase certa.

No entanto, Valentim Loureiro poderá ficar na Liga, já que segundo disse "aceitou ser candidato" a presidente da mesa da AG, já que lhe demonstraram "vontade de que continue ligado (à LPFP), ainda que noutras funções".

Data: Quinta-feira, 20 Julho de 2006 - 19:22

Anónimo disse...

Mais uma chapada de luva branca do Major.
RUY

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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