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sábado, 30 de setembro de 2006

Depressão II

Dois golos sofridos no período de descontos, sendo o primeiro em fora-de-jogo. São factos. Tal como é um facto que este resultado, apesar de doloroso, é inteiramente justo. A Naval foi a única equipa em campo que fez por merecer a vitória. O Beira-Mar, mais uma vez, não existiu. Grande golo do André Leão num remate de longe, porque nunca conseguimos, sequer, chegar com perigo à baliza adversária em jogadas de "bola corrida". Provavelmente, se tivéssemos ganho o jogo, o Mister Inácio iria buscar o afamado "pragmatismo" ao baú das recordações da época transacta para justificar mais uma exibição deplorável.
Vim da Figueira da Foz desolado. A equipa não evidenciou qualquer evolução. Não demonstra fio de jogo. Não tem ambição. O que é isto de queimar tempo nos pontapés de baliza quando ainda falta imenso tempo para o fim da partida e o resultado está em 0-0?! Será que a Naval também é doutro campeonato? Ganha-se a bola na defesa e... pontapé para a frente para a velocidade (pasme-se?!) do Jardel. Com franqueza! Isto não é futebol não é nada.
A "estrelinha da sorte" que nos acompanhou na época passada abandonou-nos, parece que ficou algures na Liga de Honra. Sem "ela", nada nos sobra.
Tenho por Augusto Inácio muito respeito, mas, como sócio e adepto do Beira-Mar que acompanha com toda a dedicação que pode a vida do Clube, sinto que a equipa está a ser mal orientada. Depois dos discursos contraditórios antes da deslocação ao Dragão, as suas palavras após o jogo na Figueira, reproduzidas no site oficial do clube (
«Mas, de qualquer forma, os jogadores estiveram impecáveis nas suas funções» por Augusto Inácio) são reveladoras do desnorteio que comanda, neste momento, a equipa. Não sei que "funções" atribuídas aos jogadores estiveram "impecáveis" e, para ser franco, acho até que nem quero saber. Reconheço que os jogadores esforçam-se e que não é por falta de atitude que os jogos têm corrido mal. Reconheço, de igual forma, qualidade ao plantel. Retirem-se as devidas ilações.

Imagem: Mais Futebol

10 comments:

Arauto da Ria disse...

Caro Nuno:
Tive para não comentar o teu post, pela simples razão de ele para mim ser o sentir de nós Beiramarenses.
Mas são 5 da manhã e acredita que estou a culpar os jogadores, técnico e direcção pela insónia que
estou a passar. Os jogadores por erros infantis que cometeram numa zona estratégica (grande área).
Treinador, por tudo e por ver nele só individúo que se preocupa pelo vil metal. A aparência é demasiada em relação ao conteúdo.
A direcção, além de não ter classe, mima os jogadores e treinadores e estes comandm-na e chegam ao cúmulo de arranjar problemas, por o treinador ou jogadores, falarem mais com de com outro (Cachide e Presidente).
Não sabem nada de futebol e de gestão de um clube, como se irá provar brevemente, com a agravante de não saberem lidar com jogadores e treinadores, pois estes têm um modo de encarar a curta carreira, que não se coaduna nada com uma gestão apertada que o nosso Clube
sempre teve nos últimos anos.
Mas eles lutaram tanto pelo poder e conseguiram-no e a nós Sócios só nos compete responsabilizálos.
Vamos ter fé mas o quadro está negro muito negro e não é pela derrota de ontem mas sim pela conjuntura.
Resumindo, "a chinela ao sapateiro"
Um abraço

Pedro Neves disse...

Nuno, infelizmente, tenho que dizer que desta vez concordo inteiramente contigo. A Naval não é superior e o Beira-Mar apresentou-se na Figueira a jogar para o empate. É certo que podíamos ter ganho, mas o golo de André Leão não surgiu na sequencia dum futebol bonito e ofensivo. Calhou...
As substituições são sempre «retraídas», a postura é sempre de contenção. Esperemos que isto mude. E tens razão, o problema não é de atitude. É certo que tb tem havido azar e algumas más decisões dos árbitros, mas o problema tem estado na falta de ambição.

Nuno Q. Martins disse...

O comentário da "Rosa Maria Silva" é fácil perceber que partiu de alguém que não é do Beira-Mar.
Não merece, da minha parte, qualquer resposta.

Arauto;
Apontou algumas críticas à direcção do Beira-Mar, entre elas, a de "mimar demais" jogadores e técnicos. Secalhar tem a sua razão mas não devemos ser injustos em relação às pessoas que tentam proporcionar as melhores condições possíveis ao grupo de trabalho.
Nesta altura parece-me prematuro responsabilizar a direcção. Estou crente que os dirigentes do Beira-Mar saberão reagir sem perder a serenidade. No final da época, então sim, são responsáveis para o bem e/ou para o mal.
Neste momento, parece-me mais preocupante a ausência de produtividade (pelo menos, que se veja) de profissionais do Clube que são bem pagos.

Pedro Neves;
Os jogadores esforçam-se. Isso nota-se. No ano passado acontecia o mesmo e a esse esforço muito se ficou a dever a subida de divisão e o título.
Não ponho isso em causa. Vejo alguns jogadores a falharem passes fáceis, outros a perder bolas infantilmente. São factos, mas, noto que essa desorientação resulta da inexistência de um modelo de jogo fluente e não da falta de aplicação dos atletas.
Não adianta correr muito quando não se sabe para onde se deve correr.
Depois, há também a questão das substituições que está relacionada com a leitura de jogo. Para mim é difícil comentar as substituições quando nem sequer consigo perceber a existência de uma estratégia/modelo de jogo.
Uma casa não se constrói pelo telhado. O problema, a meu ver, é estrutural. Anseio que chegue rapidamente o tempo em que estaremos aqui a discutir as substituições. Seria bom sinal.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Não vi o jogo, mas o sistema para o Jardel tem que funcionar atraves dos cruzamentos da linha de fundo, e isso parece-me, pelos jogos que vi estar longe de acontecer no Beira mar!

Vitor Peixoto

Anónimo disse...

acho que o jardel é menos uma unidade em campo..e que deveria ser apenas utilizado em jogos caseiros..porque nos outros alguém na posição dele terá de se esforçar por ir buscar as bolas mais a trás coisa que parece-me impossivel acontecer com a forma fisica dele neste momento..quanto ao resto acho que já começamos a ser vitimas do infortunio..ou da "azelhice" completa de quem está em campo ou ainda pior de quem toma decisões diga-se quem faz as substituições..

o azar e a "roubalheira" que temos sido alvo não é justificação suficiente..já lá vão 7 pontos PERDIDOS uns mais merecidos que outros mas a verdade é que todos eles nos últimos minutos de jogo..há que reflectir eo invés de se preocuparem tanto na forma fisica de jardel ou ainda da cor ou feitio dos equipamentos..falemos do que interessa aos beiramarenses!

cumprimentos, pedro moreira

Anónimo disse...

Ontem no autocarro assisti à conversa entre alguns senhores idosos que costumam acompanhar o Beira-Mar. Estávamos todos inconformados com o resultado final, no entanto esses senhores prometeram que não iriam apoiar mais o clube pela sua forma de encarar o jogo. “Não existiu garra, empenho, luta…”.
Um deles disse-me que iria deixar de ser associado do Beira-Mar. Tentei fazer entender a esse senhor que tudo…num certo dia tomará um novo rumo... mas os sócios sofrem.. enquanto não chega um momento de total reforma neste clube. Esperar por um D. Sebastião também será difícil…
Do meu ponto de vista este jogo foi terrível, concordo com as frases que foram ditas na analise que os sócios fizeram após o termo do jogo, no entanto só o mister é que sabe se vai puxar as orelhas a alguém ou se continuamos a ser o clubezinho incerto das vitórias que escapam, dos jogadores sem “garra, empenho, luta, espírito de sacrifício”.
Cada jogo para mim é uma final, cada vitória é uma glória, eu sou do Beira-Mar e gosto que a minha equipa mostre o que vale dentro do campo, mas os jogadores são transitórios e não sentem isso no seu corpo, alma e coração…
Eu espero por “esse dia”... como também espero pelos fins-de-semana para ver o meu clube a dar-me o prazer de me fazer feliz.

Anónimo disse...

Pelo menos no que respeita ao futebol jogado no campo, completamente de acordo com o Nuno. A equipa posicionou-se exclusivamente para a conquista de um pontito perante um adversário teoricamente do mesmo nível, o que revela, logo à partida, o grau de ambição de quem comanda. A nossa 1ª parte foi verdadeiramente confrangedora, a 2ªpouco melhor e mesmo assim foi preciso muita falta de serenidade, de calma e se calhar de classe e de orientação para conseguir perder o jogo entre os 93 e os 95 minutos! E nem mais um erro gritante de arbitragem - o 1º golo é irregularíssimo, se as leis do fora de jogo não foram alteradas na véspera - disfarça as lacunas da defesa nos golos do adversário. Para além dos enormes falhanços na zona central, onde estava o defesa esquerdo quando a bola foi lançada para o Mário Sérgio centrar? A não ser que eu visse mal, não havia um único equipamento amarelo numa extensa faixa de terreno na direita do ataque da Naval, o que em termos tácticos e num momento daqueles...
Finalmente, quando veremos um Beira Mar a arriscar, a jogar ao ataque, a tentar impôr-se ao adversário e a comandar os acontecimentos? Um Beira Mar que tente ganhar antes de tentar não perder, que procure essencialmente marcar golos e dar o espectáculo que traga de volta ao estádio os seus simpatizantes?
Não se põe em causa a vontade dos jogadores, eles lutam, eles dão o litro, fazem o melhor que podem e sabem, mas é tempo de deixar os calculismos e os medos e de assumir o jogo pelo jogo, para perder ingloriamente já bastam as exibições que temos visto.

Anónimo disse...

O jogo foi do mais mal jogado que se tem visto ultimamente e do Beira Mar nós esperamos muito mais do que pontapés prá frente sem nexo nem fio de jogo à espera de um milagre porque a jogar assim só mesmo por milagre ou muita sorte se poderá ganhar. A equipa não joga pra ganhar joga e mal pra tentar não perder. Também acho que falta ambição e futebol positivo, falta tomar a iniciativa desde o princípio antes de mais a tentar o golo e talvez seja melhor o treinador deixar-se de fantasias e começar a jogar com 11 em vez de 10.

Anónimo disse...

O Diario Aveiro elegeu o Jardel como melhor jogador. Isto reflete bem a capacidade de analise de alguns jornalistas.
Amaral

Anónimo disse...

Isso do Jardel melhor do BM só pode ser para rir ou para gozar... o jornalista do Jogo também não viu o fora de jogo do 1º golo do Naval, hoje qualquer analfabeto cegueta pode escrever as barbaridades que lhe apetecer e intitular-se jornalista que a profissão está cada vez menos exigente com a qualidade. Depois lamentam-se que a malta não compra jornais.