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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Saibamos aproveitar a segunda vida que o destino nos deu

Quando me perguntam sobre o que acho da direcção que aí vem, a minha resposta tem sido invariavelmente qualquer coisa como "fizeram uma coisa que mais ninguém teve a coragem de o fazer". Isto, por si só, diz muito. Não quer no entanto dizer que goste de tudo o que é feito. Tenhamos algo em mente: independentemente do mérito que esta antiga Comissão Administrativa teve, não significa isto que tenhamos que perder a capacidade crítica e a nossa visão sobre o ideal que, para nós, deve ser o Beira-Mar. Isto não significa não respeitar as pessoas que irão conduzir (esperemos todos que sim) os destinos do Beira-Mar nos próximos três anos. Mal seria se assim fosse!


Quando olho para o passado recente do Clube, não consigo deixar de pensar na analogia do sujeito completamente falido que decidiu ir ao casino gastar os últimos euros que tinha. Ao contrário do fim que todos podíamos esperar, o sujeito saiu do casino aliviado e com a carteira mais recheada. A partir daqui, o indivíduo tem duas hipóteses: ou volta a cometer os erros do passado, e não tarda lá estará a confiar o seu futuro no casino (e muito provavelmente com um final de história diferente), ou aproveita a sorte que o destino lhe traçou e decide endireitar a sua vida. É este o desafio que o Beira-Mar tem pela frente. A bola ditou que tivéssemos uma "segunda vida" ao colocar-nos, de novo, no convívio entre os grandes do futebol português. Mas que ninguém julgue que está aqui a chave do paraíso. Quantos clubes podemos enumerar que acabaram por desaparecer, mesmo com equipas a competir na primeira liga de futebol? E quantos para lá não caminham?

Dito isto, aquilo que desejo à futura direcção que aí vem é que, independentemente daquilo que a bola ditar, se mantenha fiel a um rumo. Que seja definido um orçamento rigoroso, cumprido até ao final de cada época. Que aposte na profisisonalização do clube (um quadro qualificado pode valer muito mais que um brasileiro de qualidade duvidosa)! Que consiga ir libertando meios para, de uma forma gradual, amortizar o passivo, recorrer em situações de emergência (ex: descida de divisão) e retirar o Beira-Mar da situação de falência técnica. Que não se esqueçam que há vida além do futebol, e que aqui reside a fórmula de fazer chegar (regresar) o clube à cidade/região. E que, acima de tudo, identifiquem que está na massa associativa o principal activo de qualquer clube.

Os desafios são grandes, mas pensemos positivo: estamos hoje muito melhor do que estávamos há um ano atrás. E isto só pode ser motivo de nos unirmos e gritarmos "eia avante, rapaziada...".

7 comments:

Anónimo disse...

Parabéns pela análise. É isto mesmo!!!!!!!!!!!!!!

Nuno Q. Martins disse...

Francisco,

A analogia com a jogada de casino está bem conseguida. Acresce-me apenas dizer que o sujeito, no desespero para conseguir sobreviver, teve que vender uma das suas poucas jóias que não lhe dava qualquer rendimento e ainda lhe acumulava despesa.

Teve sorte... Com as "moedas" que juntou, foi ao casino e conseguiu sair de lá com um pé de meia e um contrato de trabalho (1 ano) com possibilidades de renovação e eventual progressão na carreira. Se o sujeito souber aproveitar esta oportunidade de emprego, poderá perspectivar sair a médio prazo da miséria em que mergulhou.

A questão, agora, é conseguir que o sujeito não volte a cometer os mesmos erros ou outros que o façam perder o emprego. Espera-se que seja assíduo, pontual e empenhado. Mas não chega! Se quiser renovar o contrato e progredir na carreira para poder pagar as suas dívidas do passado, o sujeito terá que ser criativo, imaginativo e inteligente.

Não lhe bastará ser um bom rapaz, porque bons rapazes existem muitos por aí.

Um abraço.

Anónimo disse...

Na ultima assembleia geral o Sr. Mario Costa foi perentorio:
1- Não apoiou a solução SAD, cuja proposta se tinha comprometido em Novembro apresentar aos sócios.
2- A comissão administrativa ia candidatar-se à direcção, mesmo ouvindo de viva voz o Sr. Cachide dizer que estava disponivel para formar uma direcção.
3- Uma direcção teria na Liga Sagres condições para executar o mandato e ainda libertar 1 milhão de euros, repito um milhão de euros, para saldar dividas.
4- A comissão administrativa conhecia bem o estado financeiro do clube.

O que é que mudou para justificar a alteração do discurso?
Apenas a confirmação da subida à Liga principal.

A conclusão é simples traçaram um cenário naquela assembleia que afastaram qualquer potativo candidato. Com o que foi afirmado compreendo ser impossivel alguem de bom senso candidatar-se como alternativa, embora repito o Sr. Cachide se tivesse disponibilizado.

Não se compreende agora este carpir de mágoas, só se avaliaram mal, então tenham a coragem de o dizer. Assumir os erros de uma eventual triste noite à beiramar não é pecado, o erro será maior se não o assumirem.

Eu voto nesta lista com base no que foi dito na assembleia.

Helder Barros

Anónimo disse...

Francisco, o teu coficiente de inteligencia é maior do que dás a perceber neste post e a tua formação é superior. A rábula que contas é gira mas o ultimo parágrafo é desastroso. Para pior já basta assim.

Anónimo disse...

Voto nesta lista por ser constituida por pessoas honestas,competentes,solidária,vivem do seu trabalho,mostrando grande capacidade para gerir o clube,conseguindo que os salários de todos os jogadores e equipa técnica se encontrem em dia bem com todos os impostos.
Obrigado rapazes,por estarmos na 1ªliga.
FORÇA BEIRA!

Anónimo disse...

Snr.QUINTANEIRO:Foi por ser criativo,imaginativo, e inteligente que o protocolo da venda das piscinas elaborado si,deu no que deu,com graves problemas para o clube.Era bom que se retratasse.
TENHO DITO!
Zé dos Anzóis

Nuno Q. Martins disse...

Caro Zé dos "Anzóis",

Reveja as suas fontes porque está mal informado. Se quiser que eu o esclareça, tenha a amabilidade de se identificar porque gosto de saber quem são os meus interlocutores.

Cumprimentos.