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terça-feira, 3 de abril de 2012

Aquele derby

O meu negativismo no jogo contra os nacionalistas da Choupana confirmou-se mas, em contrapartida, a minha certeza na vitória em Santa Maria da Feira foi, igualmente, reflectida numa vitória capaz, árdua e guerreira, conquistada por jogadores que resolvem, de quando em vez, jogarem como este clube nos habituou a jogar: unidos, com sentido de entreajuda, de cooperação e de solidariedade constante, acompanhado por um forte apoio dos cerca de 120 Beiramarenses, e nem um tal Xistra albicastrense, que sacou da cartola, como por magia, uma grande penalidade e uma expulsão ridículas (que impossibilita um dos nossos jogar contra o OAF), fez com que a equipa perdesse o ânimo e o querer.
Num estádio que recebeu, há pouco, uma simpática remodelação (à imagem do que poderia ser o nosso reduto) foi verdadeiramente fascinante e emotivo sentir o futebol no seu esplendor, bem à moda antiga: Domingo soalheiro, 16h, um derby sempre apetecível, uma boa moldura humana, com os adeptos em cima do acontecimento. Assim sim. Venham mais destes.

Sexta-Feira, pelas 18 horas, recebemos os “Coimbrinhas” do OAF, em mais um fim-de-semana de derby, naquele que é o jogo que mais gozo me dá presenciar e sentir. Já agora confesso: a derrota que até hoje mais me custou a digerir aconteceu, contra o adversário desta Sexta-Feira, na época de 2006/07 quando, a poucas jornadas do fim, a cerca de 10 minutos dos 90, numa Segunda-Feira, perdemos por 0-1, com um golo do magiar Gyano, que no ano seguinte, durante a “Administração Artur Filipe”, veio para cá emprestado: onde é que já se viu jogadores do OAF emprestados ao Beira-Mar?! Não se compreende, nem muito menos se aceita. Bom, nesse ano (06/07) acabámos por descer de divisão.

Ainda em relação a “Beira-Mares vs OAF´s” não nos esqueçamos de frases provocatórias que os adeptos adversários pompearam na nossa casa, perante as nossas gentes: “Coimbra: capital do Centro”, “Pela nossa cidade, número de sócios, um rio que cheira bem, cor, claque e dedicação: somos e seremos o maior clube do Centro” e "Parabéns pela inovação, primeiro estádio do Euro a descer de divisão!" Em nossa casa temos de ser nós a mandar, em nossa casa só a vitória interessa. É um jogo que, se vencermos, pode garantir, praticamente, a manutenção. Além disso é mais do que um simples jogo de bola: é a velha rivalidade Aveiro/Coimbra que está em causa. Uma forte mobilização e apoio, para este duelo entre burgos vizinhos, é crucial e fundamental, para aquele que é o jogo do ano para nós e, quiçá, para eles.

A política de bilhética para o jogo faz com que o preço mínimo para não-sócios seja de 15 euros. Não era de esperar outra coisa perante os valores exorbitantes que a Direcção do OAF pratica para os adeptos adversários. O Presidente-Arguido (mais Arguido do que Presidente) colocou os mesmos 15 euros para os Beiramarenses/Aveirenses que se deslocaram a Coimbra na primeira volta. Além disso “extorquiram” 20 e 22 euros a bracarenses e vimaranenses, respectivamente. Estes senhores andam a matar o “Futebol Popular”.

Com tudo isto o que importa é V-E-N-C-E-R na Sexta-Feira o quarto derby da época! Força rapazes!

Foto: Beira-Mar vs OAF, “Velhinho” Mário Duarte, Segunda Liga (Divisão de Honra), época 1999/2000, perante 12 mil pessoas, num Domingo matinal. Resultado: 2-1 (Fernando Aguiar e Cílio Sousa, pelo Beira-Mar; Leandro, pelos visitantes).

8 comments:

Anónimo disse...

Jornada interessante:
Beira-Mar x Académica
Marítimo x Nacional
sporting x benfica

Anónimo disse...

E aos costumes disse nada!

Tam disse...

Bom dia, gostei muito deste artigo. E concordo quando se diz que este é o jogo do ano para o Beira-Mar, visto que é fulcral a manutenção na 1ªliga para o clube sobreviver. No entanto quero deixar aqui uma questão... Para quando o regresso dos jogos ao Estádio Mario Duarte? Penso que, à vista das pequenas obras que aconteceram no estádio do Feirense, seria um modelo a copiar. O estádio Municipal fica extremamente longe, e desmoraliza qualquer um que não tenha carro para se deslocar, o que é o meu caso.

C. Silva disse...

Ao sócio(?) anterior das 09:07

Foste á Feira? Gostaste do que viste?
- Um campo minorca, um livre do meio campo é considerado um perígo.
- Os cantos são marcados em cima da baliza
- Os arbitros sujeitam-se a muito
- Balneários debaixo das bancadas - uma miséria
- Meia dúzia de tribunas não fazem receita
- Num dia de jogo crucial com o estádio dentro do perímetro urbano o pessoal prefiriu ir para a procissão dos Passos
- Vês nisto vantagens?
- O EMA não tem nenhum destes problemas.
O EMA não está devidamente explorado uma vez que se poderão lá fazer outros eventos para além de futebol - veja-se o OAF-DolceVita.
- O EMA não tem gestão.
- A distância no EMA não é problema quando se quer e o espetáculo é bom.
- Todo o gato sapato hoje em dia tem um carreco - até o Zé do Bombo vai na sua motoreta para ver o FORÇA BEIRA.
- ONde estão os previstos campos de treino, pavlhão, piscina, golfe, hoteis para a zona - com metade destas infra-estruturas o pessoal já não achava longe.
- Porque não uma zona comercial como deve ser junto ao EMA - o pessoal já vai ao Retail e ao Decthatlon fazer romaria ao Domingo.
- A CMA está com medo de não ter os votos dos comercios tradicional por issoé que não faz nem deixa desenvolver aquele local.
- O Antigo MD tem de ser destruído para urbanização e Parque da Sustentabilidade, por isso tira o cavalo da chuva.
Se quiseres eu dou-te boleia em dias de jogo.

Anónimo disse...

Aí estarei amanhã para ver a Briosa pelo menos não perder, depois ainda temos 2 jogos em casa para fazer 3 pontos , se forem necessários.
A rivalidade no centro é uma coisa engraçada. Leiria e Aveiro disputam-na com a Académica mas nunca ninguém disse que o derby do Centro é o BM - UDL. Então o derby é um Académica contra um dos outros e , sinceramente, na cidade de Coimbra é coisa que não nos preocupa, qual é a capital do centro ou qual o seu clube / cidade mais representativa. Mas em sentido contrário noto, vou frequentemente às duas cidades, que de lá para cá esse sentimento é mais forte. Fica para quem quiser a análise e tempo gasto no assunto.
Eu preferia ver as equipas do centro do país todas na 1ª Liga e se a Naval subisse ficava contente . Até um renascer do Ac Viseu seria bem vindo.
Na 1ª volta perdemos mal, o jogo teve lances polémicos mas já lá vai uma volta e eu não tenho nenhuma costela benfiquista para andar sempre a queixar-me dos árbitros. Além disso perdemos muitos outros jogos por 0-1 em Coimbra e sempre da mesma maneira por isso temos de olhar mais para nós do que para os erros dos do apito. Há muito que deveríamos estar tranquilos.
Então amanhã aí estarei, espero voltar contente e não encontrar o tótó que na 1ª volta me queria enfiar uns paus com panos amarelos pela boca abaixo. Eu que tive o azar de ir a atravessar a rua na altura que esse quarentão anafado ia a passar no seu belo fato de treino .... Tenho a cara dele bem marcada na memória, espero que ele vá para o outro topo não vá apetecer-lhe o mesmo tantos meses depois...
Até amanhã.

Anónimo disse...

Isso da tal rivalidade é uma coisa idiota e sem sentido nenhum, aliás não há rivalidade nenhuma, quando muito pode haver uma rivalidadezinha na cabeça de meia dúzia de imberbes. O que há é a luta por ganhar, mais nada. O que ainda me está atravessado são aqueles cartazes provocadores da Mancha Negra em 2007, isso sim, faz com que eu não possa com a AAC e deseje que ela perca sempre!!!

Rui Rodrigues disse...

Então meia duzia de imberbes levam uma faixa e você fica a odiar a instituição? Não me parece nada coerente.

Pedro Nuno Marques disse...

Eu não odeio! Não exagere no que eu (não) digo! Apenas são frases que considero bem insultuosas e que ficam na memória. Um abraço, Fernando.