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domingo, 7 de agosto de 2005

Ainda a entrevista...

Nó último post, adiantei a minha apreciação geral à entrevista do Sr. Artur Filipe à Rádio Aveiro FM na última Sexta-Feira. Agora, para aqueles que não tiveram oportunidade de a ouvir, transcrevo na íntegra o resumo, da autoria de Sérgio Loureiro, publicado no Diário de Aveiro.
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«Se houver insucesso, a direcção não pode ser culpabilizada»

Carlos Portugal, o apresentador do programa Grande Área, da Rádio Aveiro FM, quis iniciar a temporada desportiva ouvindo o homem-forte do Beira-Mar. Artur Filipe, eleito presidente da direcção no passado dia 18 de Junho, confidenciou aos microfones da rádio aveirense as dificuldade por que passam os clubes hoje em dia. «O futebol está muito difícil, onde os clubes vivem com muitas dificuldades económicas». Mesmo perante esta adversidade, Artur Filipe crê no sucesso da equipa, isto porque «estamos a dar tudo o que nos é possível para que o Beira-Mar suba de divisão. E se houver insucesso, no final da época, a direcção não pode ser culpabilizada», avisa o presidente.
Sobre os jogadores que vão chegando, Artur Filipe acredita que se podia «evitar a vinda de tantos jogadores. Mas não se pense que isso nos acarreta encargos financeiros. Eles vêm com os empresários e o nosso técnico avalia-os». Relativamente aos empréstimos de Bruno Resende e Ladeira, formados nas escolas do Beira-Mar, à Sanjoanense, Artur Filipe garante que todo o processo foi por ele conduzido. «Fui quem tratei de colocar os dois jogadores na Sanjoanense. Se eles ficassem no clube, certamente que se perderiam uma vez que poucas possibilidades teriam de jogar. Compreendo perfeitamente que o nosso treinador, para subir, queira jogadores mais experientes. O melhor, para eles, é jogar na Sanjoanense e não andarem pela terceira divisão. Tivemos pedidos de outros clubes, como o Espinho e o Estarreja, mas não aceitei. Assim como fico muito satisfeito que o Bruno Sousa esteja um ano no Pampilhosa». A terminar o dossier dos atletas que não ficam no clube, o presidente auri-negro mostrou-se agastado com a situação de Paul Murray: «não devíamos ser nós a resolver esse problema».
Quanto à vinda de novos jogadores, o presidente beiramarense referiu que é «muito possível» o empréstimo do sportinguista Marcelo Labarthe e que o paraguaio Rodriguez, do Valladolid, «chegou a ser falado mas o seu salário é incomportável para nós».
Encontramos despesas de 647 mil euros
Quando a conversa versou a contabilidade do clube, Artur Filipe falou… com cuidado. «Não queria muito trazer esse assunto a público nesta altura. As pessoas irão saber tudo ao pormenor. Mas aquilo que posso adiantar é que encontrámos despesas no valor de 647 mil euros. Entretanto já pagámos 294 mil euros de impostos e teremos que pagar, brevemente, mais 101 mil euros. Isto não está fácil. Como sabem as receitas na divisão de honra são muito reduzidas e desse modo tanto eu como José Cachide já tivemos que colocar muito dinheiro no clube». Artur Filipe referiu que o orçamento para esta temporada «é muito inferior ao da temporada passada» e garantiu que «daqui a três anos, quando outros vierem, encontrarão um clube bem gerido e onde terão total liberdade para ficar com os jogadores que encontrarem. Isto é que é trabalhar», vincou o dirigente.
Sérgio Loureiro

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