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sábado, 28 de abril de 2012

Pavilhão alvo de contrato-promessa de compra e venda

A imagem que ilustra este post foi "retirado" da página não oficial do SC Beira-Mar no facebook, dando conta que os ex-dirigentes (José Cachide e Artur Filipe) já celebraram um contrato-promessa de compra e venda do pavilhão com terceiros, dependendo a sua eficácia da "capacidade construtiva" do terreno.
Uma consideração prévia: Apesar de se tratar duma página não oficial do clube no facebook, a verdade é que se trata duma página que tem acesso a informações privilegiadas que costuma avançar em "primeira mão", daí que arrisco tomar como verdade o que ali está escrito pelos administradores da dita página.
A venda do terreno por parte dos ex-dirigentes e o consequente despejo das modalidades constitui um dos maiores ataques ao património, à atividade e à memória histórica do clube. Recordo que se trata dum pavilhão que foi erguido pelo esforço dum conjunto de Beiramarenses que se mobilizaram para reunir os recursos necessários, com o nobre propósito de possibilitar ao clube um local condigno para os seus atletas, treinadores, seccionistas e sócios. Aquele pavilhão, além de já ter sido a casa do andebol, do hóquei, da ginástica, do boxe, do judo, do basquetebol e do futsal, albergou ainda Assembleias Gerais, bailes de Carnaval, comemoração de aniversários e eleições do clube, para já não falar dos inúmeros eventos "extra Beira-Mar" que ali tiveram lugar.
Independentemente de quem reclama a razão neste diferendo entre "atual direção vs ex-dirigentes", é fundamental que todos os envolvidos, de ambas as partes, tenham a consciência que o clube não deve ser desapossado daquela infra-estrutura sem ter uma alternativa válida que permita às suas modalidades prosseguirem a sua atividade.
É muito grave que tenhamos chegado à situação atual, nomeadamente, com a direção do clube a permitir que a propriedade do pavilhão tenha sido adjudicada aos ex-dirigentes. No entanto, enquanto a infra-estrutura estiver de pé, ambas as partes ainda estão a tempo de salvaguardar a memória daqueles que se empenharam de forma altruísta na construção do pavilhão, bem como, o presente e o futuro de inúmeros jovens que dependem daquele espaço para praticarem desporto em Aveiro, envergando orgulhosamente o emblema auri-negro. Apelo para que tenham consciência social, um pouco de orgulho próprio na região e, sobretudo, sentido ético. Haja bom-senso!
Se a direção continua a confiar no "investidor" Majid Pishyar e a defendê-lo publicamente como tem sido apanágio do presidente António Regala, então certamente que terá de aparecer uma solução financeira que satisfaça os ex-dirigentes e que permita recuperar o pavilhão, cumprindo assim um dos pressupostos fundamentais que motivou a aprovação da constituição da SAD para o futebol. Acreditar que o basquetebol e o futsal poderão continuar a desenvolver a sua atividade com as cerca de duas centenas de atletas em pavilhões doutros clubes, parece-me um exercício irresponsável de negação das evidências. Acreditar na construção dum novo pavilhão junto ao Estádio Municipal de Aveiro englobado no "mega-projeto" idealizado para aquela zona, também não me parece ser solução, pois até que isso se concretize, todo o trabalho até aqui desenvolvido pelas modalidades vai por "água abaixo".
Também é importante que as pessoas não se acreditem em certas ideias que se vão fazendo passar sem o mínimo de correspondência com a realidade, como é, por exemplo, a ideia de que a Câmara Municipal de Aveiro poderá travar um projeto de construção naquele terreno com um fundamento de conveniência. Convém esclarecer que a administração pública está vinculada a um princípio de legalidade que, ao nível dos licenciamentos, manifesta-se na impossibilidade de recusa de projetos que cumpram todos os requisitos previstos e exigíveis nos instrumentos legais.
Pelo exposto, e porque a gestão do futebol profissional é da responsabilidade da SAD, é tempo da direção do clube se pronunciar de forma objetiva sobre o futuro do clube, desde logo, esclarecendo se as secções de futsal e de basquetebol são para continuar e em que condições. As pessoas que ao longo de todos estes anos se dedicaram e se têm dedicado de forma abnegada ao clube merecem esse empenho e esclarecimento de quem dirige.

13 comments:

Anónimo disse...

há muito se sabia que eles tinham aquilo vendido veio na imprensa.

Anónimo disse...

Acreditas que o Presidente da camara tome alguma iniciativa?
Se tudo correr como habitualmente vai manter a decisão na gaveta e vamos ter uma decisão administrativa.
Existe falta de capacidade de decisão na camara e na direção do clube, é o deixa andar, logo se vê.

Anónimo disse...

Não é tempo para compras destas e se ela se concretizar, o comprador terá que estar bem seguro.
Duvido que o PDM autorize outra coisa que não equipamento desportivo.
A vêr vamos.

Anónimo disse...

E a direção a ver a banda a passar.
Não se vê um ato para resolver o caso mais grave do clube, o que se vê é uma colagem à sad, aparecer no futebol profissional é o que interessa.

Anónimo disse...

Caro Nuno e BeiraMarenses,
Tudo que vai ser escrito aqui podem toma-la como verdade e por certo nenhum dos mencionados o poderá negar.
Dando continuidade á tua noticia,sim é verdade que existe um contrato promessa compra e venda entre os antigos dirigentes,Artur Filipe e José Cachide,e um investidor LusoAmericano.Estas negociações foram a ser mediadas pelo Dr.Armindo Sequeira,ficando este como legal representanto do investidor.Já deu entrada na camara um pedido de viabilidade de construção.O local do pavilhao está inserido no Projecto Polis,onde o mesmo refere que existe a possibilidade de construção no local referido.O projecto encontra-se suspenso para reanalize,mas esta suspensão não inibe a aprovação do pedido.Com isto a camara só tem duas soluções,ou dá parecer positivo ou não responde ao pedido.Ao não responder no prazo legal,fica o mesmo autorizado.
Após o pedido escrito,de cedencia do pavilhão até 31 de Julho de 2012, enviado pelas Secções de Basket e Futsal assinado pelo Rui Costa e Hugo Reis,os antigos dirigentes através do seu Advogado acederam ao referido pedido,com o compromisso de lhes ser entregues as chaves do Pavilhão a 1 de Agosto de 2012.Os dois responsaveis das Secções em conjuunto com o Sr.Domingos,responsavel da manutenção do pavilhao,tiveram uma reunião na camara com o Presidente Dr. Élio Maia e o Vice Presidente Eng.Carlos Santos.Dessa reunião sairam de maos abanar.Quanto á promessa do Sr. Majid nada está a acontecer,como já muitos adivinhavam.Não posso deixar de ter pena dos responsaveis das actividades amadoras,que acreditaram em tal homem e chegaram a fazer comunicados de apoio á SAD.Foram enganados e não o mereciam.
Quanto aos movimentos do Clube para arranjar solução,foram avisados desde o inicio da época para o problema e só agora tenta arranjar solução.Eis algumas que foram apresentadas:
-Utilização de parte de um pavilhão do Parque de Feiras - Reprovado pela Camara Municipal
-Utilização do Pavilhao na Palhaça - Reprovado pelos dirigentes das secções
-Utilização de Pavilhoes dentro do municipio - Indisponibilidade dos mesmos, devido a estarem ocupados com outros clubes.
Com tudo isto,não consigo ver a luz ao fundo do tunel.
Tenho conhecimento que todos os dirigentes das secções envolvidas se encontram a fazer grandes esforços para encontrarem uma solução,dado que já me contactaram numa tentativa de encontrar um armazem para que possam a titulo provisório,saberemos lá quanto,montar um local onde possam dar continuidade ao excelente trabalho que têm feito em prol das modalidades e do clube.
Não posso acabar sem me referir quando referes,quem ajudou a construir o pavilhão.Já o Rui Costa ha cerca de um mês colocou no facebook dele uma foto da Placa Comemorativa que está na entrada do Pavilhão onde mencionam 12 homens que tudo fizeram para o Clube ter um pavilhão.
Quem sabe vai virar Lápide do mesmo!

A titulo de fecho,é vergonhoso que todos os nomes aqui envolvidos Artur Filipe,José Cachide,Armindo Sequeira,Élio Maia,Carlos Santos,gritem aos sete costados que são Beira Marenses e NADA FAÇAM para que este patrimonio não desapareça.

Anónimo disse...

O contrato promessa de compra e venda data de 20 de Abril. Quanto ao deferimento não é liquido que tal aconteça, aliás o PDM não permite e é o unico documento eficaz, o problema é que a camara decidiu não se pronunciar e isso é gravissimo, está mais uma vez a pactuar com a agressão aos aveirenses.

Anónimo disse...

A viabilidade está em análise nos serviços técnicos

Anónimo disse...

Se é assim, está na hora das modalidades e dos seus responsáveis intervirem junto da camara. Se estão à espera da direção ....

Anónimo disse...

O preço foi superior ao da compra. Ex-dirigentes ainda ganharam dinheiro à custa do Beira mar.
Uma vergonha.

Anónimo disse...

O lucro reverte todo para o promotor do negócio. Quem será?
Trabalhar assim dá gosto!
Comem as papas em cima da cabeça do Regala que devia andar preocupado em resolver os problemas do clube e só fala da sad.

Anónimo disse...

É inacreditavel,ningem se mexe.

Francisco Dias disse...

O comentário do anónimo da 1h40 retrata fielmente os episódios mais recentes à volta do pavilhão. Trata-se seguramente de alguém muito bem informado e por dentro do processo, e cujo contributo é importante para esta discussão. Poderia acrescentar mais alguns "pormenores" a esta história, mas nesta fase seriam eventualmente descabidos e em nada ajudariam a uma solução. A verdade é que estamos a pouco menos de 2 meses da entrega das chaves do pavilhão, e a direcção do clube ainda não apresentou uma proposta minimamente válida para a manutenção da atividade das secções. Pior que isso, parece-me que nem sequer é capaz de mostrar uma "luz ao fundo do túnel". É evidente que não se pode culpar esta direcção pelos motivos que levaram à penhora do pavilhão, mas foi esta direcção que se comprometeu na penúltima Assembleia Geral a apresentar uma solução "muito em breve". A atividade das secções está em risco como possivelmente nunca esteve anteriormente. E do comentário do "anónimo" que referi, a frase com a qual mais concordo está no final: todos gritam serem beiramarenses, mas serão estes os culpados pelo fim do ecletismo do clube. Se isto acontecer, faço questão de devolver o emblema de prata de 25 anos de sócios, e fica por aqui a minha relação de associado com o Beira-Mar. Não me identifico com um clube cujo serviço à comunidade seja apenas uma equipa de futebol profissional que joga de 15 em 15 dias para 2 mil pessoas.

Anónimo disse...

Pois...os srs querem é sad.
Não desistas Francisco, não devolvas o emblema, o Beira mar não é nem nunca foi a direção.
Rui André